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Zootecnia de precisão traz o futuro à produção de aves e suínos

As atividades cotidianas de uma granja, como o manejo, a nutrição, os cuidados com a sanidade e o bem-estar animal podem ser detalhadamente gerenciadas e monitoradas em tempo real com a ajuda tecnológica, aumentando a eficiência e a qualidade da produção e facilitando a tomada de decisão. A zootecnia de precisão oferece o apuro de aplicativos e equipamentos específicos a um trabalho que antes era feito de forma manual.

O I Congresso de Zootecnia de Precisão abre a Programação dos Seminários Técnicos e Científicos de Aves e Suínos, da AveSui 2016, para discutir o tema “Fazendas Inteligentes” por meio da zootécnica, com a participação de nomes como os dos doutores Richard Gates, Daniel Berkmans, Daniella Moura e Nilsa Duarte da Silva.

A doutora Nilsa Duarte, zootecnista da Unicamp, apresenta a palestra “Nutrição de Precisão – Análise do comportamento ingestivo das aves”. Para Nilsa, a tecnologia é fundamental tanto para o bem-estar animal quanto na redução de gastos, considerando que a alimentação é responsável por até 70% do custo da produção avícola.

A zootecnia de precisão ainda está em fase inicial de aplicação nas granjas suinícolas, mas já é muito difundida na produção de aves, até por conta do Brasil  ser o maior exportador mundial de frangos. Os aviários são equipados com sensores, câmeras e microfones para a interpretação do comportamento dos animais – fornecendo dados para a identificação de situações de estresse e padrões comportamentais muito sutis –, além de controlar as condições biométricas do ambiente.

Alguns padrões de comportamento das aves são observáveis apenas por meio de câmeras apropriadas. Esta análise minuciosa é “um método não invasivo que permite avaliar a interação entre as aves e com o meio de criação, gerando dados que depois de avaliados produzem informações sobre as preferências sociais e ambientais”, explica a zootecnista. Informações como o tempo gasto durante a ingestão de ração podem estar relacionadas à condição de conforto térmico. De acordo com a leitura, fatores como temperatura, ventilação e luminosidade podem ser adaptados.

A partir dos dados que são coletados e estudados atualmente, a expectativa é de que no futuro os sistemas de climatização, de abastecimento de água e de distribuição de ração sejam automatizados de acordo com as reações e comportamentos animais interpretados pelos próprios sensores inteligentes, reduzindo perdas para o sistema de produção animal, principalmente na alimentação.

Na avicultura, um produtor chega a ser cinco vezes mais eficiente quando auxiliado por um sistema de precisão. De acordo com José Antonio Ribas Jr., gestor da área corporativa de aves e suínos da JBS no Brasil, o modelo convencional de aviários requer um produtor para cada 18 mil aves, enquanto nos sistemas mais modernos são produzidas 100 mil aves para cada produtor.

 

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