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Vespinhas para o controle biológico da lagarta do cartucho despertam interesse no Rio Grande do Sul

Além do clima, outros fatores, como o solo e o manejo integrado de pragas, devem ser levados em conta para o êxito da cultura do milho, presente em mais de 162 mil hectares, nos 45 municípios da região administrativa da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa. Uma alternativa que tem despertado o interesse de um número cada vez maior de produtores é o controle biológico da lagarta do cartucho com o uso da vespinha Trichogramma. 

A presença deste inseto-praga, que ataca as folhas do milho, geralmente é maior nas lavouras semeadas mais tarde, em função das temperaturas mais altas e do clima mais seco. O controle biológico desta lagarta consiste em soltar a vespa adulta na lavoura. A Trichogramma procura os ovos da mariposa para fazer sua postura, e de cada ovo da vespinha nasce uma pequena lagarta que irá consumir o ovo da outra lagarta, impedindo assim, o desenvolvimento do inseto-praga.

A vespinha que faz esse controle é produzida em biofábricas e, posteriormente, comercializada em cartelas e distribuída nas lavouras de milho. Na região, os agricultores interessados devem procurar os escritórios da Emater/RS-Ascar que têm se mobilizado para encomendar a Trichogramma de biofábricas existentes no Sudeste e Centro-Oeste do país.

Segundo o assistente técnico regional da Emater/RS-Ascar, engenheiro agrônomo Gilmar Francisco Vione, as vespinhas são distribuídas antes de nascerem, em pequenas cartelas. “Recomenda-se que sejam dispostas a cada 20 metros na linha e 20 metros nas entrelinhas, no interior do cartucho do milho, sendo necessárias de 100 mil a 120 mil vespinhas por hectare”, explica.

Outra possibilidade de controle sem uso de agrotóxicos é através de inseticida biológico à base da bactéria Bacillusthuringiensis, que se encontra à disposição no comércio local. Este produto controla somente as lagartas, sendo inócuo para os demais insetos que atuam como inimigos naturais.

 

Fonte: Revista Produz

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