A vegetação na Europa absorve um volume anual de dióxido de carbono (CO2) duas vezes maior do que se esperava inicialmente, segundo um estudo elaborado a partir de informações proporcionadas pelos satélites e divulgado nesta segunda-feira (5/1) pela Agência Espacial Europeia (ESA).
O relatório, elaborado por um grupo de cientistas da Universidade de Bremen (Alemanha), analisou pela primeira vez as medições de dióxido de carbono registradas conjuntamente pelos satélites da ESA, da Nasa e do Instituto Nacional de Estudos Ambientais do Japão.
Os resultados coincidem ao calcular que a quantidade anual de dióxido de carbono absorvida pelas florestas europeias é duas vezes superior ao indicado por medições anteriores, realizadas a partir de estudos de campo tradicionais.
O coordenador do relatório, Maximilian Reuter, esclareceu que, apesar de tudo, “o volume de CO2 presente na atmosfera ainda é bastante alto”.
O dióxido de carbono constitui o principal gás de efeito estufa emitido como consequência de atividades humanas – a queima de combustíveis fósseis – e sua forte presença na atmosfera explica o atual processo de aquecimento global.
Sem a ação das grandes áreas florestosas, que atuam como “escoadouros de dióxido de carbono” ao extrair parcialmente este gás da camada atmosférica em um ciclo fundamental para a vida, as taxas de CO2 seriam “muito mais elevadas”, conclui o estudo.
Fonte: Revista Globo Rural.
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