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Traças comprometem grãos e alimentos processados

Armazéns e indústrias alimentícias convivem com um inimigo praticamente ‘oculto’, capaz de causar danos tanto em grãos (matérias-primas) como em alimentos processados. São as traças – mariposas do gênero Ephestia e Plodia, que povoam áreas urbanas e industriais. Insetos minúsculos, os adultos medem até 2 centímetros de envergadura e depositam seus ovos em grãos, farinhas, amêndoas, frutas desidratadas e quaisquer fontes de alimento que possibilite o desenvolvimento das larvas.

Mesmo os produtos protegidos por embalagens estão sujeitos ao ataque. As larvas perfuram sem dificuldades papéis e plásticos flexível através de pequeníssimos orifícios, entrando em contato com os alimentos – ali se desenvolvem até chegarem ao estádio de pupa.

O maior risco de ataque está nos alimentos prontos, aqueles que serão vendidos ao consumidor final. Nesta fase não é possível observar danos e o problema só é identificado quando a embalagem é aberta para consumo.

O ataque das traças pode ocorrer não só nas indústrias, mas também em todas as etapas de armazenagem. O controle do inseto, de forma geral, é realizado com pulverizações de inseticidas piretroides e eventuais expurgos em grãos e matérias-primas. Por se tratar de alimentos que apresentam riscos de contaminação, as opções de inseticidas registrados para uso é bastante restrita, gerando reaplicações sucessivas de princípios ativos semelhantes, originando casos frequentes de resistência de insetos aos compostos.

Neste cenário, em que as traças dispõem de farta quantidade de alimentos para reprodução e mecanismos de controle cada vez menos eficientes, passam a surgir problemas graves em unidades de produção e estocagem nas quais a população torna-se incontrolável, comprometendo a qualidade de toda a cadeia produtiva. O estabelecimento de um manejo integrado das traças tem se mostrado a resposta mais apropriada, utilizando feromônios de monitoramento e controle.

Uma alternativa disponível no mercado é o TechLure Mix Traça, da Isca Tecnologias, um feromônio utilizado em armadilhas para monitoramento de populações de traças. É empregado para identificação dos locais de risco em que a quantidade de insetos é maior, exigindo mais atenção na aplicação de métodos de controle.

Esse feromônio pode ser usado para reduzir os níveis populacionais, por interferir na viabilidade reprodutiva dos insetos e consequentemente inverter a tendência de aumento populacional. Sua aplicação para controle é integrada aos inseticidas, limpeza de resíduos e embalagens vazias e o isolamento das unidades de produção e armazenagem do ambiente externo, limitando o acesso dos insetos vindos de fora. Com esses procedimentos é possível reduzir de forma progressiva a pressão destas pragas.

 

Editor RuralSoft

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