Clima é ideal para aplicação do calcário, importante para correção do solo.
Investimento eleva custos de produção, mas é importante e vale a pena. O tempo seco no Sudeste está favorecendo o preparo da terra. No Triângulo Mineiro, a condição é ideal para a aplicação do calcário, elemento importante para a correção do solo.
Em uma área de 3 mil hectares, em Tupaciguara, a família de Humberto Cardoso planta milho, soja, café, feijão, trigo e sorgo. A diversificação ajuda na renda da propriedade, mas requer mais cuidado com o solo. “O uso do solo está cada vez mais intensivo, então também demanda um tratamento cada vez mais intensivo. O agricultor precisa se estruturar melhor e fazer aplicação de calcário e gesso em um período menor”, explica Estevão Parreira, engenheiro agrônomo.
Com o tempo, o uso do solo vai perdendo cálcio, magnésio, qualidade e ganhando acidez e isto tudo impede a penetração das raízes das plantas. A consequência é a baixa absorção de nutrientes e o reflexo direto é na produtividade. “Com o calcário você eleva o PH, ou seja, corrige a acidez, e propicia melhores condições para o solo”, conta Luiz Antônio de Castro, agrônomo.
Apesar de aumentar o custo de produção da lavoura, os agricultores dizem que é um investimento que vale a pena.
O calcário é vendido por tonelada e o problema é o frete, que encarece muito o produto. “Hoje o calcário está em torno de R$ 30 a R$ 40 e o frete em torno de R$ 70 até R$ 120, conforme a área do produtor”, explica Eros Vinícius Pozzi, representante comercial.
Fonte: Globo Rural
