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Tecnologias para mandiocultura e subprodutos são tema de curso no Pará

Um panorama aprofundado sobre tecnologias para a mandiocultura no Pará será abordado de 17 a 21 de novembro, em Castanhal (PA), durante curso promovido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, com 15 pesquisadores da instituição, produtor rural e técnico extensionista como instrutores.

O curso é dirigido a técnicos de assistência técnica e extensão rural ligados à Emater-PA no nordeste paraense, que depois se tornam agentes multiplicadores, junto aos agricultores, das tecnologias para desenvolvimento de sistemas produtivos de mandioca com sustentabilidade, de acordo com as linhas de pesquisa desenvolvidas na Embrapa Amazônia Oriental (Belém/PA).

Nos últimos 23 anos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, o Pará tem sido o maior produtor de mandioca do Brasil, com quase 300 mil hectares de área colhida em 2013. “Porém, no sistema produtivo atual, predominantemente manual e artesanal, a produtividade média de 16 toneladas por hectare é considerada muito baixa quando comparada ao potencial de produção da cultura”, comenta o analista da Embrapa Moisés Modesto Júnior, que durante o curso apresentará a tecnologia “Trio da Produtividade da Mandioca”. No Paraná, por exemplo, a produtividade dos cultivos tecnificados chega a 24 toneladas por hectare, quase o dobro da paraense.

Por meio de tecnologias recomendadas pela pesquisa e já disponíveis, “é possível obter maior produtividade no campo e aumento de 50 até 100% por cento na farinha obtida, sem ser preciso aumentar a área plantada de mandioca”, avalia o pesquisador Raimundo Brabo, que falará sobre a tecnologia “Roça sem Fogo”.

Produto básico da alimentação na Amazônia, a mandioca é produzida em mais de 90% por produtores familiares que praticam agricultura de subsistência com baixo nível tecnológico. Cultura altamente intensiva em mão de obra, estima-se que, no Pará, para cada três hectares de mandioca, um mínimo de duas pessoas sejam empregadas durante o ano. “Isso indica que o cultivo da mandioca gera mais de 200 mil empregos no ano, talvez a maior fonte geradora de emprego no Estado”, comenta o pesquisador, apontando para o potencial socioeconômico da mandiocultura no Pará vinculada ao aproveitamento integral de seus subprodutos.

Programação

A parte teórica do curso será complementada por prática em campo. Os temas abordados incluem: agricultura na Amazônia e no Pará; manejo e conservação de solos; melhoramento genético; Trio da Produtividade da Mandioca; adubação química e orgânica; calagem; Roça sem Fogo; parcagem como processo de fertilização do solo; produção mecanizada e alternativas de consórcios; doenças; insetos; manejo Integrado de plantas daninhas e boas práticas em agroindústria de mandioca.

Com informações de Izabel Drulla Brandão – Embrapa Amazônia Oriental

 

Fonte: Portal Bragança

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