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Tabaco transgênico faz fotossíntese mais rápido

Geralmente associado ao cigarro e seus malefícios, o tabaco pode agora ajudar a aumentar a produtividade de diferentes culturas alimentares. Uma variedade transgênica do vegetal foi desenvolvida pela Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, e pelo Centro de Pesquisas Rothamsted, no Reino Unido. O tabaco geneticamente modificado (GM) possui dois genes de cianobactéria, as algas azuis. Plantas e cianobactérias realizam a fotossíntese – transformação de dióxido de carbono, água e luz em oxigênio e energia –, porém, as algas azuis conseguem fazer o processo mais rápido do que a maioria dos vegetais.

De acordo com o estudo publicado na edição de setembro da revista científica Nature, culturas que apresentarem a característica da rápida fixação de carbono das cianobactérias poderão produzir mais. O aumento de produtividade de maneira sustentável e a conservação de recursos naturais é uma preocupação global, uma vez que a população mundial já é de 7 bilhões de habitantes e deve chegar a 9 até 2050.

“Essa é a primeira vez em que uma planta com enzimas de cianobactérias é desenvolvida com sucesso”, afirma a coautora do estudo e professora de biologia molecular na Universidade de Cornell, Maureen Hanson. A equipe internacional de cientistas conseguiu substituir o gene relacionado à enzima responsável pela fixação de carbono por dois genes da alga azul que codificam enzimas que realizam o processo mais rapidamente. “Esse é o primeiro passo para a criação de plantas que conseguem fazer a fotossíntese de maneira mais eficiente”, completa Hanson.

 

Fonte: Revista Nature e Universidade de Cornell, 

 

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