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Surto de Helicoverpa armigera no RS já supera toda a safra passada

O Rio Grande do Sul foi infestado com o um “forte surto” de Helicoverpa armigera, que em apenas alguns meses já registrou mais mariposas do que em toda a safra passada. É o que aponta levantamento do LabMIP (Laboratório de manejo de Pragas) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), em parceria com a Dupont.

A pesquisa encerrou a análise da ocorrência de mariposas coletadas em armadilhas de feromônio no Rio Grande do Sul e parte de Santa Catarina nas três primeiras semanas do mês de dezembro de 2015. Foram identificadas 910 exemplares de Helicoverpa armigera, que somadas aos 396 exemplares do mês de novembro, totalizaram 1306 mariposas identificadas via dissecação. 

“Apesar de uma cobertura de armadilhas em 39 municípios (9 a menos que em 2013/14), a ocorrência deste ano, até agora, já é maior que toda a ocorrência da safra passada (total 890 mariposas em toda a safra). Neste momento, uma breve análise demonstra a ampla e uniforme distribuição da praga, o que indica seu estabelecimento no Sul e consolidação como praga da soja, merecendo todos os cuidados para o seu manejo”, afirma comunicado do professor Dr. Jerson Carús Guedes, do Departamento de Defesa Fitossanitária da UFSM.

“O manejo desta praga deve iniciar com uma rigorosa amostragem das lavouras (de 4 a 15 pontos por área de soja) e em cada local “bater” as plantas de soja sobre o pano de batida (pano branco com 1m de comprimento) e separar as lagartas por espécie, uma vez que estão ocorrendo além de Helicoverpa armigera, também lagarta-da-soja e lagarta-falsa-medideira, estas duas últimas menos daninhas à soja”, acrescenta.

“No período vegetativo a soja tolera entre duas a três Helicoverpa armigera/m2 e entre 10 e 15 lagartas desfolhadoras/m2. Atingidos entes níveis o produtor deve consultar um Engenheiro agrônomo, visando controlar a praga e manter as populações abaixo destes níveis. Na transição para o período reprodutivo da soja (muito mais sensível à Helicoverpa armigera) o monitoramento e o controle devem ser ainda mais rigorosos. O mês de janeiro também deve ser de muita vigilância, pois tradicionalmente apresenta maiores ocorrências de lagartas”, conclui.

 

Por: Leonardo Gottems

Fonte: Agrolink

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