Após semanas com queda no valor do quilo do suíno vivo, o mercado suinícola mineiro vem demonstrando retomada no valor de comercialização da carne. Na primeira semana do mês houve negócios que chegaram a R$ 2,85, já no dia 13 pôde ser observada recuperação e o quilo chegou a R$ 3 para frigoríficos de Belo Horizonte. Segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), a queda no preço da carne suína, que tradicionalmente é vendida a valores superiores neste período do ano, ocorreu devido a grandes especulações do mercado aliadas à entrada de animais de outros estados.
Segundo José Arnaldo Cardoso Penna, vice-presidente da Asemg e presidente da Bolsa de Suínos de Minas Gerais, desde 7 de junho o mercado virou positivamente para o suinocultor. “Após solicitarmos ao governo federal, por meio de uma reunião, que fossem tomadas providências a respeito do excesso de carne no mercado, este passou por uma grande transformação. Os frigoríficos voltaram a demandar muito mais e a pagar o valor estipulado pela Bolsa de Suínos de Minas Gerais pelo nosso produto. Para esta semana a expectativa é de alta”, comentou Penna.
Roberto Magnabosco, gerente geral da Arapé Agroindústria, confirma que o mercado vem se comportando de maneira atípica para este período do ano. “Fazia tempos que não víamos o mercado tão debilitado. Mas nesta semana percebemos uma grande virada em nosso mercado, que se encontra enxuto e com procura intensa. Acredito em um viés de alta para a próxima quinta-feira e também para as próximas semanas”, observou Roberto.
De acordo com a Jox Assessoria Agropecuária, durante a semana passada as ofertas estiveram muito ajustadas e os compradores que não trabalham com programação fixa encontraram dificuldades para alocar animais para abate em quantidades suficientes.
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