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SP: quebra da safra eleva o preço do feijão em maio

Redução na área de cultivo foi de 32,8%, impactada pela seca no Estado

A queda de 32,8% na área cultivada de feijão da seca no Estado de São Paulo foi impactada pela redução drástica da produção de São João da Boa Vista, Itapeva e Itapetininga, três das quatro principais regiões produtoras, influenciando a oferta do produto, pois o feijão da seca atualmente corresponde a cerca de 20% da produção paulista anual. O levantamento, realizado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) e Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, indica que essa situação não chega a ser compensada com a previsão de aumento da área e da produção em 11 regiões do Estado.

Por outro lado, esperava-se um incremento da ordem de 0,8% de produtividade na safra do feijão de inverno irrigado, especialmente na área de Itapeva, seguida de Andradina, Assis, Avaré e General Salgado. O aumento previsto da produtividade só não foi mais acentuado devido ao atraso ocorrido no plantio da soja, que precedeu o cultivo do feijão nas mesmas áreas. Fatores climáticos ocorridos depois do levantamento, entretanto, devem alterar estas expectativas.

Neste cenário, o estudo sobre o comportamento agosto de preços da leguminosa constatou uma elevação dos mesmos nos três níveis de comercialização, com o preço recebido pelo produtor em maio 7,6% mais caro do que em abril e 26% superior ao valor do produto em maio de 2015, influenciando os preços do atacado e, posteriormente, ao consumidor.

Outro fator que impacta negativamente os preços, sob a perspectiva do consumidor, conforme comentam os pesquisadores da Secretaria que atuam no IEA, Ana Victória Vieira Monteiro e José Roberto da Silva, é o fato de que o prognóstico de quebra da safra dos dois principais estados produtores de feijão da seca, Paraná e Minas Gerais, em decorrência de excesso de chuva e geadas, também está pressionando os preços do produto.

Por não sofrer a mesma pressão nos preços, o feijão preto pode ser uma alternativa de consumo, mas de acordo com agentes do mercado, “o segmento varejista é quem definirá a forma de lidar com a pressão dos níveis anteriores de comercialização do produto”.

Editor RuralSoft

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