A seca e a irregularidade de chuvas estão causando atraso no plantio de milho na região de Campinas, interior de São Paulo. O plantio do grão devia ter sido encerrado há 30 dias, mas quem se arriscou a plantar no período convencional teve prejuízos.
Há um ano não chove o suficiente na região, de novembro de 2013 a novembro deste ano devia ter chovido pelo menos 1.500 milímetros, mas não choveu nem 500mm.
– Se tivesse voltado a chover na média, o produtor teria tido condições de plantar. O problema é que a janela que vai de 15 de outubro a 15 de dezembro, por o solo estar muito seco, não permitiu realizar todo o plantio satisfatoriamente, por isso o pessoal está aguardando que a chuva se regularize para terminar o plantio, pelo menos – relata o engenheiro agrônomo José Augusto Maiorani.
Adilson Olivatto, o produtor de milho de Monte Mor, resolveu plantar aos poucos. Na propriedade de 27 hectares, muitas áreas ainda não foram semeadas.
– Mesmo em área irrigada, aquela situação aqui, você não consegue fechar o lote porque as represas estão todas baixas. Aí tem que esperar, chovendo e plantando, chovendo e plantando – conta o produtor.
Conforme a experiência de Olivatto, o atraso no plantio pode significar prejuízos lá na frente:
– Um atraso do plantio a gente não consegue tirar a segunda lavoura no ano. Então, a gente já começa com prejuízo.
Na região de Campinas, até o momento, só cerca de 40,0% da área foi plantada. Quem se arriscou a fazer o cultivo no período convencional perdeu boa parte do trabalho.
– Se o solo não está com volume de umidade suficiente, para pelo menos germinar a semente e manter por um período de sete a dez dias, ele vai ter problemas. Quem plantou, aproveitou as primeiras chuvas, acabou perdendo o plantio e vai ter que replantar – diz Maiorani.
Por: Queli Ávila.
Fonte: Canal Rural
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