Categories: Notícias

Seca afeta produção agrícola e pesca do Triângulo Mineiro

Nível do Rio Grande está cada dia mais baixo.

Reflexos começam a aparecer também em uma usina hidrelétrica da região.

Na região do Triângulo Mineiro, a situação é preocupante. No domingo (06) no município de Campina Verde, o índice de umidade do ar chegou a 21%. Em Ituiutaba, não chove há 18 dias.

O Rio Grande, que corta o Triângulo, está com o nível muito baixo, deixando em alerta agricultores e pescadores. Os reflexos também começam a aparecer em uma usina hidrelétrica da região.

Na fazenda em que Manoel Caramore trabalha, mais de R$ 900 mil foram necessários para montar um pivô, investimento que não vai dar o retorno esperado, pelo menos esse ano. Há 10 dias, o equipamento foi desligado, sem previsão para voltar e o mesmo vai acontecer com outros sete equipamentos que existem na propriedade.

O problema é o atual nível do Rio Grande, que abastece a estrutura de irrigação. O parâmetro do gerente é um estaleiro, que mesmo com a estiagem, em anos anteriores, a água quase invadia a passarela, mas hoje, além da possibilidade de racionamento de água, ele teme algo ainda mais grave. “Pode ter um apagão por aí”, diz Manoel.

A preocupação faz sentido, analisando o reservatório da Usina de Marimbondo, em Fronteira. A hidrelétrica, que pode atender mais de 4 milhões de pessoas, está operando com apenas 20% da capacidade.

A cidade de Planura tem uma das principais colônias de pescadores do Triângulo Mineiro e boa parte deles procura peixes como o piapara, mas atualmente o nível da água está tão baixo, que é possível ver as pedras no fundo do rio, mas peixe que é bom, nenhum.

Em fevereiro, o cenário era parecido. Com o remo, um pescador mostrou que o nível não passava de um metro, mas o secretário da Colônia de Pescadores, Almezino Martins, afirma que agora a situação é ainda mais preocupante. É que em fevereiro, período de piracema, os pescadores ainda recebiam o auxílio do Governo Federal.

Almezino conta ainda, que por conta disso, muitas famílias ribeirinhas estão desistindo da pesca, migrando para outros setores. Inês Alexandre Silva, por enquanto, só diminuiu as idas para o rio, mas está bastante preocupado.

 

Por: Globo Rural

Fonte: Globo Rural

rsuser

Recent Posts

Cientistas conseguem ‘ler’ cérebro de cavalos para identificar emoções – Olhar Digital

Cientistas conseguiram criar um dispositivo capaz de detectar sentimentos em cavalos. A pesquisa publicada na…

3 anos ago

Startup mineira investe em fidelização no agronegócio

Seedz desenvolveu um software de fidelidade que valoriza o relacionamento entre agricultores e pecuaristas de…

4 anos ago

Vacas ganham app estilo Tinder para encontrar almas gêmeas no Reino Unido

Vacas ganham app estilo Tinder para encontrar almas gêmeas no Reino Unido A Hectare, startup…

4 anos ago

Jovem do interior de São Paulo se torna a rainha dos frangos no Brasil

A produtora rural Luciana Dalmagro, de 34 anos, em sua granja em Batatais, no interior…

4 anos ago

Fazenda Futuro traz ao mercado nova proteína com gosto de frango

A Fazenda Futuro, foodtech brasileira avaliada em 100 milhões de reais, traz ao mercado o…

4 anos ago

Ações são propostas para reduzir o desmatamento na Amazônia Legal por agronegócio e ONGs ambientais

Representantes do agronegócio, ONGs ambientais, setor financeiro, sociedade civil e academia relacionam medidas para reduzir…

4 anos ago