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SC anuncia liberação parcial do cultivo de ostras

Restrição ainda continua na maior parte do litoral do Estado

A Secretaria da Agricultura de Santa Catarina anunciou a desinterdição das áreas de cultivo de moluscos bivalves nas localidades de Enseada do Brito e Barra do Aririú, no município de Palhoça. Exames laboratoriais comprovaram que os cultivos de ostras, mexilhões, vieiras e berbigões nessas duas localidades estão livres da toxina diarreica (DSP) e a partir desta quarta-feira (22), está liberada a retirada, comercialização e consumo dos moluscos dessas áreas. Estas são as primeiras localidades liberadas e o restante do litoral catarinense permanece interditado.

Desde o dia 26 de maio, a Secretaria da Agricultura e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) mantêm o litoral catarinense interditado, proibindo a retirada, comercialização e consumo de ostras, mexilhões, vieiras e berbigões das áreas de cultivo. A medida foi necessária devido à presença de toxinas que podem causar intoxicação alimentar. Segundo o secretário adjunto da Agricultura e da Pesca, Airton Spies, a interdição de todo o litoral aconteceu para preservar a saúde pública e cumpriu rigorosamente o que prevê a legislação.

O representante do Laboratório Laqua-Itajaí/IFSC, Luis Proença, afirma que a maré vermelha que se instalou em Santa Catarina foi um fenômeno inédito no estado com grande intensidade e em larga escala. Mas a expectativa é de que a situação se normalize nos próximos dias e haja a liberação gradativa das áreas interditadas.

A desinterdição da Enseada do Brito e da Barra do Aririú foi possível após dois laudos laboratoriais consecutivos comprovando que não há mais a presença da toxina diarréica nos moluscos. A Cidasc continuará monitorando as áreas de produção de moluscos bivalves e com base nos resultados das análises poderá fazer a liberação gradual ou a manutenção da interdição das áreas afetadas. “Nós não queremos deixar nenhuma área interditada por mais tempo do que o necessário. Assim que tivermos condições, vamos liberar as áreas de cultivo”, afirma o secretário adjunto.

Técnicos e maricultores já pensam em medidas para minimizar os prejuízos do setor e para fortalecer a cadeia produtiva de ostras, mariscos, mexilhões e berbigão. “Nós não queremos sair dessa situação sem um aprendizado, devemos estar preparados caso a maré vermelha aconteça novamente. Nós falamos em agricultura de precisão, temos que pensar em formas de aprimorar a legislação e pensar no futuro da cadeia produtiva de moluscos”, destaca Spies
A toxina diarréica é produzida por algumas espécies de microalgas que vivem na água, chamadas de Dynophysis, e quando acumuladas por organismos filtradores, como ostras restrita e mexilhões, podem causar um quadro de intoxicação nos consumidores.

Editor RuralSoft

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