O ministro da Agricultura, Neri Geller, afirmou na quinta-feira (25/9) que a redução nos recursos para a realização de leilões de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (PEPRO) de milho não reflete falta de verba do governo para apoiar a comercialização de produtos agrícolas com preços abaixo do mínimo de garantia. Segundo ele, o “ajuste interno” ocorreu, porque a demanda pela subvenção está diminuindo.
– Eu não estou olhando os recursos. Nós estamos olhando para contemplar a produção – disse.
Segundo Geller, os R$300,00 milhões destinados à subvenção de milho serão suficientes para “contemplar toda a produção nas regiões que estão abaixo do preço mínimo”. Ele disse ainda que, “se for necessário, nós vamos realocar mais recursos”.
O Ministério da Agricultura (MAPA) retirou R$200,00 milhões dos R$500,00 milhões previstos inicialmente para a realização de leilões de PEPRO de milho e deslocou os recursos para PEPRO de algodão. A pluma também é negociada, hoje, abaixo do mínimo de garantia do governo.
Geller justificou a medida explicando que, no ano passado, dos R$700,00 milhões destinados aos leilões de PEPRO de milho, apenas R$370,00 milhões foram de fato aplicados no pagamento de prêmios. Até agora, o governo comprometeu R$240,00 milhões em PEPRO de milho, restando R$60,00 milhões disponíveis.
– Mas existem recursos que não são exercidos e voltam para o caixa do Ministério. Nós temos previsão de R$90,00 milhões a R$100,00 milhões para fazer PEPRO de milho ainda – completou.
Trigo
O ministro voltou a dizer, ainda, que serão utilizados R$350,00 milhões para garantir o preço mínimo do trigo. Do montante, R$150,00 milhões serão negociados via PEPRO e outros R$200,00 milhões serão aplicados para Aquisição do Governo Federal (AGF), que contribuirá para a recomposição dos estoques públicos. Segundo o ministro, os recursos serão suficientes para a compra de 300,0 mil a 400,0 mil toneladas do cereal.
Fonte: Canal Rural.
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