Cotações da ração representam 80% dos custos na granja; preços dos grãos devem se manter em alta ao longo do ano
Os suinocultores da região de Holambra, no interior de São Paulo, esperavam um início de 2014 tranquilo e de recuperação para o setor. Segundo dados da Associação Paulista dos Criadores de Suínos, o preço da carne ganhou força no segundo semestre do ano passado e a arroba chegou a ser cotada a R$ 80. Menos de dois meses depois, está custando R$ 60, ou seja, 25% a menos. Enquanto o preço segue em queda no mercado, a cotação da ração, que representa 80% dos custos na granja, segue um caminho contrário.
O suinocultor Eduardo Walravens tem uma equação simples para calcular os custos na sua granja: o preço de uma arroba deve pagar duas sacas de milho. O que não está acontecendo nesta época do ano, com o milho mais caro.
Por causa da estiagem, a saca do milho teve novo reajuste na região: está cotada a R$ 33, um aumento de 27%, só em 2014. Nas contas de Walravens, a atividade está no vermelho: são R$ 6 de perda por arroba. De acordo com o analista de mercado, Aedson Pereira, os preços dos grãos devem se manter em alta ao longo do ano. Ele explica que o consumo no mercado interno tipicamente diminui no começo do ano. A previsão é de aumento nos próximos meses, melhorando a margem de lucro do suinocultor.
– Já tivemos uma redução muito grande de matrizes e animais terminados, não dá para falar em crise. O setor se recupera apesar da margem mais apertada – relata Pereira.
Mesmo com a previsão da carne suína se tornar mais competitiva em relação à carne de boi, que vem se valorizando, o suinocultor Walravens não está nada animado. Por causa da crise de 2012, ele reduziu o numero de matrizes de 250 para 200. Entre uma crise e outra, o jeito é reduzir os gastos.
Por: Juliana Camargo
Fonte: Canal Rural
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