Projeto de incentivo à floricultura muda a realidade de famílias do RJ

Empréstimos possibilitam melhoria nas estufas e compra de novas mudas.

Projeto Florescer aumentou em 49% o total de produtores no RJ. O cultivo de flores cresceu no Rio de Janeiro. Na região de Nova Friburgo, um projeto ajudou a mudar a realidade de muitas famílias.

Já são oito anos trabalhando como floricultora. Luciene Nunes saiu de Pernambuco e foi à Nova Friburgo, na Região Serrana, para se dedicar ao cultivo das plantas. Ela e mais quatro funcionários produzem no sítio crisântemos, boca-de-leão, chuva de prata e outras espécies de flores.

Este ano, a produtora entrou para o Projeto Florescer, do governo do estado, pegou um empréstimo de R$ 45 mil e investiu na melhoria das estufas e na compra de novas mudas.

O amarrado de boca-de-leão custa R$ 10 e a expectativa é de aumento. Palmas e crisântemos foram plantados no final de agosto e serão cortados em novembro para o feriado de finados.

Dados da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) mostram que no Rio de Janeiro, o projeto aumentou em 49% o total de produtores de flores, considerando toda a cadeia produtiva da floricultura.

Nova Friburgo é o maior produtor de flores de corte do estado e segundo a Emater, o número de floricultores aumentou de 191 para 220 só nos últimos cinco anos.

Outro beneficiado é Jorge Freiman. O floricultor estava afastado do campo há 12 anos e agora conseguiu um empréstimo de R$ 50 mil e já começa a dar início a produção. “Plantando agora, daqui a 90 dias, a gente já consegue colher alguma coisa”, diz.

Das flores de corte produzidas em Nova Friburgo, o crisântemo tem o maior valor de mercado. Em área de produção, quem ganha é a gipsófila, popularmente chamada de “mosquitinho”.

 

Por: Vitor Siqueira

Fonte:Globo Rural