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Produtores de tomate adotam cultivo protegido em Paty do Alferes, RJ

Nesse sistema, o tomate é produzido dentro de estufas.

Como a plantação está protegida, ela produz por até oito meses. O sul do Rio de Janeiro tem tradição em produzir tomate. Depois de enfrentar muitos altos e baixos com o preço do fruto, os agricultores investem em outra técnica de plantio: o cultivo protegido.

Uma grande área de pasto foi uma lavoura de tomate durante 35 anos. A instabilidade da produção e o preço levaram o agricultor a desistir do cultivo.

Depois de quatro anos longe do campo, Rui Oliveira e os dois filhos resolveram investir em uma nova forma de produção: o cultivo protegido.

Nesse sistema, o tomate é produzido dentro de estufas. O fruto do tipo uva é plantado em vasos suspensos, que não têm contato com o solo e evita a contaminação. Para adotar esse cultivo, o investimento da família foi de R$ 250 mil.

Em Paty do Alferes, interior do Rio de Janeiro, esse cultivo começou em 2010. Atualmente são nove produtores, que fazem parte de um sistema integrado, uma espécie de cooperativa, em que toda a produção é comercializada por uma única empresa.

Para garantir a qualidade do produto, todas as embalagens trazem um código de rastreamento. Com ele, o cliente tem acesso às informações do lote e até a quantidade de agrotóxico utilizado.

A produção nesse tipo de lavoura dura 60 dias, desde a preparação até a colheita. Cada pé tem capacidade para produzir nove quilos de tomate, e diferente do sistema tradicional, em que o ciclo da colheita dura, em média, três meses, como a plantação está protegida, ela continua produzindo por até oito meses.

Um dos principais benefícios para o produtor é ter mais certeza de qual será o retorno da safra.

Para se ter uma ideia, o quilo do tomate salada que era cultivado anteriormente tem grande variação no preço. No mês de outubro, ele foi vendido a R$ 4 e também a R$ 0,50. O tipo uva, produzido agora com o novo sistema, mantém sempre o valor de R$ 5 o quilo.

Silvan foi o primeiro da região a migrar para o sistema e quatro anos depois da mudança, ele viu que valeu a pena. “No campo, a gente planta e não sabe quando vai vender, eu nem penso em voltar”, diz.

 

Por: Cibelle Moreira

Fonte: Globo Rural

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