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Produtores de leite da Zona da Mata lucram com Gir Leiteiro

BELO HORIZONTE (19/10/10) – Produtores de leite da Zona da Mata estão cada vez mais satisfeitos com a lucratividade da raça Gir. Muitas experiências com a criação deste tipo de gado são acompanhadas e assistidas por técnicos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), que atendem na região.

Tudo começou há quatro anos quando o extensionista da empresa, Francisco Gomes Pena, do município de Senador Firmino, organizou uma excursão para levar produtores do local e de municípios vizinhos à cidade de Paraopeba, na região Central do Estado. O motivo da viagem: conhecer uma propriedade dedicada à criação de gado Gir.

O resultado da iniciativa não poderia ser melhor. Vários produtores de Senador Firmino, Presidente Bernardes, Brás Pires, Rodeiro, Guiricema, Paula Cândido e Divinésia, municípios da região, se sentiram motivados e resolveram financiar a compra de tourinhos reprodutores de alto valor genético. No total, 11 animais foram comprados.

Um dos que trouxe um tourinho para casa foi Ernesto dos Reis Barros, de Presidente Bernardes. Na realidade, a compra foi encomendada ao filho Guilherme, que participou da excursão e acabou adquirindo o touro Sarro para a propriedade da família. O animal permanece na fazenda e já gerou mais de 30 crias. Agora a expectativa é quanto ao aumento na produção de leite. “Estou gostando muito dele. É muito manso. Vamos ver o leite agora”, diz Ernesto sobre o boi Sarro. Mas de uma coisa o produtor não tem dúvida: os descendentes machos do touro estão vendendo muito bem. Segundo ele, as pessoas até fazem encomenda. “O Gir é outra coisa”, afirma.

Outro que resolveu investir na raça é o produtor de Brás Pires, Francisco Chagas Teixeira, o Chico Quitó, que comprou em Paraopeba o reprodutor Simétrico. O touro é o pai de 50 crias na fazenda. “O bezerro dessa raça é bom”, garante. Quitó comercializa os machos e mantém as fêmeas para produção de leite. Segundo ele, duas descendentes do animal, as novilhas gêmeas Moeda e Boa Vista cresceram e se reproduziram, garantindo uma média de 10 a 12 litros de leite por dia, nesta primeira lactação. Para o coordenador regional da Emater-MG Rogério Jacinto Gomes isso é um bom sinal, pois a tendência é “as vacas produzirem mais leite, a partir da segunda lactação”.

O produtor José Sarápio da Silva, de Senador Firmino, também só tem elogios para a raça gir. Conhecido como Zé Quito, ele já contabiliza 40 descendentes do boi Sivuca, que comprou após visita ao município de Paraopeba. “Em termos de bezerro, não tem raça melhor não”, garante. Segundo Zé Quito, os machos são vendidos com facilidade. Sobre um eventual problema da consanguinidade no cruzamento entre os animais, Zé Quito aconselha a permuta de touros entre os criadores. “Acho que nós deveríamos trocar os touros”, diz.

Também assim como alguns produtores que adquiriram os tourinhos Gir, Chico Quitó não manteve o animal na propriedade, substituindo o reprodutor por um touro holandês. Segundo ele, a troca foi feita para evitar que o boi cruzasse com as próprias descendentes, desencadeando, assim, uma série de problemas genéticos. A medida é apoiada por técnicos da Emater-MG que recomenda a permuta de animais entre os produtores para prevenir este tipo de problema.

Fonte:
Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Assessoria de Comunicação Social
Jornalista responsável: Ivani Cunha
Contato: (31) 3915-8544

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