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Produtor paranaense aguarda melhores preços para o biodiesel

O setor de produção de biodiesel aguarda a consolidação do mercado e a formação de preços ainda é considerada um dos entraves. Enquanto o mercado do etanol está consolidado, com a produção e utilização do álcool como combustível desde a década de 1970 no Brasil , os combustíveis que utilizam base vegetal ainda estão em fase de desenvolvimento e os preços pagos, muitas vezes, empatam no custo de produção.

O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seab) do Paraná, Valter Bianchini , acha que a formação de preços ainda é um dos ‘gargalos’ econômicos para o setor, e que ocorre mesmo na produção de larga escala. “O preço obtido no mercado atualmente acaba se diluindo no custo de produção”, diz ele. Bianchini afirma que os órgãos do governo estarão atentos a alternativas para viabilizar o setor, enquanto os produtores interessados em participar desse mercado buscam estratégias para garantir o fornecimento da matéria-prima.

Por enquanto, a precificação dos biocombustíveis é possível através dos leilões realizados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Os leilões realizados pela agência possibilitaram a garantia do fornecimento para a demanda até 2008, quando passará a vigorar a legislação que obriga o uso de 2% de derivados vegetais na composição do combustível comercializados no País.

Os preços, entre R$ 1,75 e R$ 1,90 por litro de biodiesel, poderão se redefinir conforme a demanda, mas também de acordo com os movimentos do mercado de óleo de soja. O analista agrícola da Organização das Cooperativas (Ocepar) Robson Mafioletti, ressalta que os dois segmentos estão atrelados. “Para a produção de biocombustível compensar, seria necessário ampliar a margem de ganho em relação ao óleo alimentício”, diz ele. Atualmente a média paga à indústria está em R$ 1,50 por litro de óleo de soja. Ele considera essencial que os produtores diversifiquem as fontes para evitar a dependência de apenas uma cultura. No Paraná o centro de tecnologia Tecpar já desenvolve pesquisas com diversas plantas, como mamona, girassol e amendoim. O instituto vai inaugurar uma unidade piloto de produção de biodiesel.

rsuser

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