A resistência de plantas daninhas a herbicidas utilizados na agricultura brasileira e mundial têm sido motivo de importantes discussões na sociedade científica. Além de gerar preocupações para as empresas que fabricam as moléculas, o aparecimento de biótipos resistentes atinge diretamente o produtor, cujo sistema pode ser afetado pelo efeito alelopático produzido por algumas espécies e pela competição das plantas invasoras com as culturas comerciais por água, luz e nutrientes. A alelopatia consiste na liberação de toxinas no solo que impedem o desenvolvimento normal de outras plantas.
Quando o manejo das ervas não ocorre de forma eficiente, observa-se em curto espaço de tempo o aumento dos custos de produção, dificuldade de colheita, depreciação da qualidade do produto utilizado para combater as plantas infestantes. Além disso, muitas ainda são hospedeiras de pragas e doenças, como o apaga fogo (Alternanthera tenella), o capim pé de galinha (Eleusine indica), a anileira (Indigofera hirsuta) e o mentrasto (Ageratum conyzoides), que hospedam nematoides.
Por ser uma alternativa prática e de rápida execução, o controle químico tornou-se o método mais utilizado, em detrimento das demais técnicas. No entanto, pode-se observar nos últimos anos maiores dificuldades de controle das espécies infestantes, sendo que muitas vezes o produtor tem optado por aumentar as doses e o número de aplicações dos herbicidas. Por isso, alguns cuidados devem ser realizados na aplicação dos herbicidas:
Utilizar produtos que apresentem mais de um mecanismo de ação.
Utilizar o herbicida conforme a recomendação do fabricante, observando todas as recomendações técnicas – O uso de subdosagens ou superdosagens proporciona uma pressão de seleção muito grande, favorecendo o aparecimento da resistência.
Evitar uso repetitivo de herbicidas com mesmo mecanismo de ação
Aprimorar a tecnologia de aplicação, observando o melhor momento para realizar a operação – ausência de ventos ou velocidade dos ventos máxima de 10 km/h; umidade relativa mínima de 55%; temperatura máxima 28°C.
Aplicar herbicidas somente quando a infestação chegar ao nível de dano econômico.
O fenômeno de resistência de plantas daninhas a diversos herbicidas utilizados em todo mundo é fato comprovado, e, a frequência de aparecimento desses casos é variável em função do produto utilizado e do manejo cultural adotado na propriedade. Por esse motivo, é de fundamental importância uma visão crítica do sistema de produção, tratando a resistência das plantas como um fator que exige racionalização das medidas de manejo.
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