Precocidade genética aliada à pecuária sustentável

Nos últimos anos, a bovinocultura brasileira tem demonstrado um alto grau de evolução, apresentando também o profissionalismo e a eficiência de produção, que proporcionam resultados surpreendentes a cada dia. Com a rápida assimilação das novas tecnologias, o Brasil se tornou o maior exportador mundial de carne bovina. Com base nisto, para o período de 2009 a 2019, a produção tem crescimento projetado de 3,5% ao ano, demonstrando que o setor de produção de carne bovina deverá apresentar intenso dinamismo nos próximos anos. Em 2016, estimativas apontam que as comercializações externas serão lideradas pelo Brasil, Austrália, Argentina e Nova Zelândia, concentrando assim 93,8% das exportações mundiais.

Nesse contexto, a busca por reprodutores funcionais e de melhor retorno econômico para o pecuarista integra os objetivos de seleção de criadores preocupados em oferecer para o mercado produtos que contribuirão com o avanço da pecuária no Brasil.

Vida sexual antecipada

O que se entende por característica genética é a precocidade sexual, peculiaridade essa que tem em algumas espécies um comportamento de herdabilidade alta, caracterizando-se como a capacidade que um animal possui de entrar em maturidade sexual mais precocemente.

Estimando-se, por exemplo, que para uma fêmea que ao final da vida teve um período de vida improdutiva sexualmente (que se refere, basicamente, à fase entre o nascimento e o início da atividade sexual – puberdade), quanto mais precoce for a vida sexual, maior será o tempo de vida produtiva em relação à sexualidade. “Como forma de tornar isso mais claro, consideremos duas fêmeas que seriam descartadas, ambas aos oito anos de vida (valor hipotético). A primeira delas entra em atividade sexual (puberdade) aos 30 meses e a segunda aos 18; se as duas tiverem exatamente o mesmo desempenho sexual ao longo da vida – intervalo entre partos e tempo para a primeira concepção – a segunda terá a possibilidade de produzir um bezerro a mais ao longo da vida”, explica o diretor de Novos Negócios da Ourofino Agronegócio Ltda., José Ricardo Garla de Maio.

 

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