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Pintos de corte: volume registrado em novembro aumentou mais de 5%

Em novembro passado, aparentemente, o setor produtivo “errou a mão”.
Sabendo que os pintos de corte produzidos nesse mês geram os frangos que serão abatidos, aproximadamente, entre a segunda quinzena de dezembro (isto é, quando as programações de compra para as Festas já foram definidas) e a primeira quinzena de janeiro do ano seguinte (quando, sabidamente, o consumo retrocede aos mais baixos níveis de cada exercício), nos últimos anos a produção tem sido adequada a esse momento.
Assim, entre 2013 e 2015 o volume produzido no décimo primeiro mês do ano ficou sempre abaixo dos 500 milhões de cabeças – embora a média mensal dos três exercícios tenha superado esse volume (512 milhões/mês em 2013, 519 milhões/mês em 2014 e 542 milhões/mês em 2015).
Em 2016 foi diferente. Pois enquanto o volume acumulado em 11 meses recuou quase 1% em relação ao ano anterior, a produção de pintos de corte de novembro seguiu caminho oposto, aumentando mais de 5,5% na comparação com o mesmo mês de 2015.
Os dados são da APINCO e mostram que em novembro de 2016 a produção brasileira de pintos de corte superou ligeiramente os 525 milhões de cabeças, volume que além de representar aumento anual de 5,54%, também ficou quase 3% acima do produzido em outubro, mês em que, normalmente, são registrados os recordes de cada exercício.
Note-se, porém, que novembro é mês mais curto que outubro, com 31 dias. E isso considerado, o incremento de um mês para outro sobe para mais de 6% – um crescimento anômalo se consideradas as condições de mercado, visivelmente deterioradas em relação a anos anteriores.
Sem dúvida inesperado, esse resultado fez cair o índice de redução observado em meses anteriores. Assim, enquanto entre janeiro e outubro o volume acumulado no ano apresentou redução anual de 1,31%, agora o acumulado em 11 meses registra redução inferior a 1% (-0,74%).
Esse índice pode recuar ainda mais se, como ocorreu em novembro, também a produção de dezembro aumentou significativamente em relação ao mês anterior. Espera-se, porém, que o setor não tenha incorrido pela segunda vez consecutiva nesse “erro de mão”.

 

Editor RuralSoft

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