Mapeamento foi feito em lavouras de milho, soja e algodão.
Lavouras mais atingidas pela helicoverpa armígera ficam no norte do estado. Os pesquisadores de Mato Grosso do Sul apresentaram um balanço da infestação da lagarta helicoverpa armigera em lavouras do estado. O estudo quer ajudar os agricultores a evitar mais prejuízo na safra que será plantada.
O trabalho de pesquisa durou três meses. Nesse período, os técnicos coletaram 331 mariposas em 26 municípios. Em 83% das amostras foi registrado resultado positivo para a helicoverpa armígera.
O mapeamento, feito em lavouras de milho, soja e algodão, revelou que em todas as regiões percorridas pelos técnicos houve registro da praga. Em Mato Grosso do Sul, 179 propriedades foram monitoradas pelos pesquisadores. As lavouras mais atingidas pela lagarta estão no norte do estado.
“Como a gente a vai começar agora os plantios de algodão e de soja, essas mariposas vão para as culturas e vão começar a ocorrência de lagartas já logo com as plantas pequenas. Então, esse número a gente bastante preocupados. Temos que acender a luz amarela, tomar muito cuidado com os posicionamentos e principalmente com o momento de controle. Lagartas pequenas e com poucas lagartas no campo é o momento certo de entrar com o produto”, diz José Fernando Grigolli, agrônomo da Fundação MS.
Além do uso do inseticida para o controle da helicoverpa, os pesquisadores estudam um inimigo biológico para auxiliar no combate. “Foram feitos alguns testes com tricograma, um parasitoide de ovo que tem como grande vantagem controlar a praga antes mesmo dela vir a causar prejuízo. Em laboratório, eles se mostraram extremamente efetivos, tentando buscar na próxima etapa a efetividade desses inimigos naturais em situação de campo”, explica Harley de Oliveira, agrônomo da Embrapa.
A pesquisa é uma parceria da Embrapa com a Fundação MS e a Fundação Chapadão. As duas fundações são mantidas com recursos dos produtores rurais.
Fonte: Globo Rural
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