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Pequenos e médios agricultores devem aumentar produção de milho

Um dos melhores eventos brasileiros para se ter uma melhor percepção do que vai acontecer com a safra de verão da soja e do milho é a Expointer. Realizada no Rio Grande do Sul na semana passada, a maior feira agropecuária a céu aberto da América Latina revelou uma recuperação nas vendas de máquinas agrícolas, um bom cenário para investimento em pecuária com um forte crescimento da área de milho no sul do Brasil, enquanto que a área de soja cresceria de forma modesta.
Alguns especialistas arriscam dizer que a tendência de atenção sobre a agropecuária no Brasil mude do Centro-Oeste de volta para o Sul do país. Agências estatais projetam um crescimento da área de milho em torno de 17% no Paraná e 10% no Rio Grande do Sul no verão, enquanto seria estável no Mato Grosso e em outros estados do Centro-Oeste. As intenções são empurradas pelos preços da safra atual. Pode ser ainda cedo para dizer, mas alguns preveem que a área de milho também aumentará no Centro-Oeste, mas na segunda safra, se os preços permanecerem fortes.
“Eu acredito que haverá uma grande possibilidade disso acontecer. Agora estamos começando com uma forte campanha para plantarem sorgo como substituição ao milho. É mais fácil e mais barato de produzir. Haverá um aumento significativo dessa cultura, mas ainda será pequena. É algo será mais e mais falado no médio prazo”, disse Alysson Paolinelli, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho ao Portal Agriculture.com.
Os problemas nos estados do Centro-Oeste variam entre o clima – como a seca que gerou perda de cerca de 40% da safrinha トラックボール-サンワサプライ de Goiás –, altos impostos (como no caso de Goiás e Mato Grosso do Sul) e o alto custo logístico para todos os estados da região. “A verdade é que no estado do Mato Grosso a produtividade está estagnada e é praticamente a mesma do que há 15 anos. É hora de revisar nossas práticas agrícolas e buscar custos mais baixos”, disse Endrigo Dalcin, presidente da Associação dos Produtores de Soja do Mato Grosso.
Segundo José Eloir Denardin, um pesquisador de solos da Embrapa, o Mato Grosso tem ficado muito para trás na evolução dos rendimentos agrícolas tanto em soja como em milho: “Nos últimos 15 anos, nós tivemos uma constante, apesar de lenta, melhoras nas produtividades principalmente do Paraná e também do Rio Grande do Sul, enquanto no Mato Grosso ficou igual, abaixo da média nacional, em 49 sacas por hectare. Nós temos muito a melhorar em termos de manejo do solo no Mato Grosso”.

 

Editor RuralSoft

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