Pecuária de Leite pode enfrentar maior crise da história

Foi uma reunião para discutir “Meio Ambiente e Índices de Produtividade”, mas faltou tempo para o debate em torno da cadeia produtiva de leite.

O assunto foi levado em pauta pelo Presidente da Comissão de Pecuárias de Leite da FAEMG – Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais, Amauri Rezende Junqueira, que assumiu a função na última semana em Belo Horizonte.

Segundo Amauri, depois de assumir o cargo junto á FAEMG, foi a Brasília participar de uma reunião junto a OCB – Organização das Cooperativas do Brasil, onde o temor em relação ao Leite é grande e que o cenário ficará bem pior do que o que está hoje. “Chegamos em Brasília com uma expectativa e saímos preocupados com que se espera do mercado para o próximo ano, principalmente depois de ter visto na imprensa o fato de produtores na Bélgica estarem jogando fora mais de 3 milhões de litro de leite, isso é preocupante”, disse Amauri.

De acordo com informações passadas na reunião, o governo deve garantir os preços por meio de compras diretas do leite ou financiar o carregamento dos estoques de cooperativas com opção de compra. Especialistas observaram que os contratos para entrega futura de leite em pó recuaram de R$ 0,84 em agosto para R$ 0,78 em setembro. E já apontam para R$ 0,71 em outubro. Os problemas estão concentrados nas principais bacias leiteiras de Minas Gerais, Goiás, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Amauri aponta ainda outra preocupação, quando os produtores de leite são incentivados a investir em equipamentos, em tecnologia, o que pode aumentar ainda mais o custo de produção nesse momento de recuo de preços.

Amauri que é presidente do Sindicato Rural de Prata, também preside o Núcleo dos Sindicatos de Produtores Rurais do Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas, e fará uma avaliação mais detalhada na próxima reunião do Núcleo, no mês de outubro.