Categories: Notícias

Paraná deve colher 17,0 milhões de toneladas de soja no verão

A semeadura da safra 2014/15 de soja já começou no Paraná. Para este ciclo, segundo estimativa do Departamento de Economia Rural (DERAL), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (SEAB), a área plantada com a oleaginosa deve cobrir 5,04 milhões de hectares, 5,0% superior se comparado ao mesmo período do ano passado. Em produção, a previsão do DERAL é de que sejam colhidas 17,14 milhões de toneladas do grão, 18,0% a mais em relação à temporada anterior.

Em termos de rendimento de área, a produtividade média esperada para o ciclo 2014/15 é de 3.339 quilos por hectare (kg/ha), contra 2.935kg/ha contabilizado no período 2013/14. Ainda não há dados sobre a área já semeada até o momento, uma vez que o vazio sanitário, período em que não é permitido o plantio da oleaginosa, terminou no dia 15 de setembro. O objetivo do vazio é quebrar o ciclo biológico do agente que causa a ferrugem asiática.

Gilda Bozzi, economista da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), afirma que a área de soja cresceu sobre a área de milho, commodity que vem perdendo competitividade no mercado devido aos baixos preços. Para a soja, mesmo com registros de depreciação do preço no decorrer dos últimos meses, ainda continua rentável.

De acordo com dados do DERAL, em agosto, o preço da saca de 60 quilos da oleaginosa fechou em R$56,11, ante R$56,40/saca registrado no mês anterior e R$59,85/saca contabilizado em agosto de 2013.

O maior preço da commodity registrado neste ano foi em março, quando a saca chegou a ser negociada a R$63,36. Gilda avalia que o anúncio da safra de soja recorde nos Estados Unidos, estimada em 106,0 milhões de toneladas, poderá reduzir ainda mais o preço da oleaginosa devido ao aumento nos estoques internacionais.

Para que o produtor continue competitivo no mercado com o preço da soja pouco atrativo, a economista da FAEP aponta que ele deverá investir na melhoria da administração das contas da propriedade, tentando reduzir principalmente os custos de produção.

Além disso, a economista observa que apostar em tecnologias de ponta, com o foco no aumento da produtividade da área, também é uma saída. Com esse investimento, o agricultor acaba ganhando no volume. “Tem que investir para ganhar”, completa a economista.

Em termos de comercialização, Gilda avalia que ainda é muito cedo para se falar no assunto, até porque ainda está sendo vendida a soja da safra passada. Segundo dados da FAEP, até agora, 83,0% do grão do ciclo 2013/14 foi comercializado. E o restante, completa a economista, segue em ritmo lento de negociação devido aos baixos preços.

 

Por Ricardo Maia.

Fonte: Folha

 

 

rsuser

Recent Posts

Cientistas conseguem ‘ler’ cérebro de cavalos para identificar emoções – Olhar Digital

Cientistas conseguiram criar um dispositivo capaz de detectar sentimentos em cavalos. A pesquisa publicada na…

4 anos ago

Startup mineira investe em fidelização no agronegócio

Seedz desenvolveu um software de fidelidade que valoriza o relacionamento entre agricultores e pecuaristas de…

4 anos ago

Vacas ganham app estilo Tinder para encontrar almas gêmeas no Reino Unido

Vacas ganham app estilo Tinder para encontrar almas gêmeas no Reino Unido A Hectare, startup…

4 anos ago

Jovem do interior de São Paulo se torna a rainha dos frangos no Brasil

A produtora rural Luciana Dalmagro, de 34 anos, em sua granja em Batatais, no interior…

4 anos ago

Fazenda Futuro traz ao mercado nova proteína com gosto de frango

A Fazenda Futuro, foodtech brasileira avaliada em 100 milhões de reais, traz ao mercado o…

4 anos ago

Ações são propostas para reduzir o desmatamento na Amazônia Legal por agronegócio e ONGs ambientais

Representantes do agronegócio, ONGs ambientais, setor financeiro, sociedade civil e academia relacionam medidas para reduzir…

4 anos ago