Oferta de pluma cai 9,2% em Mato Grosso; Estado começa safra 14/15 com estoque 236,9% maior

A oferta de pluma de algodão deverá ser 9,2% menor no ciclo 2014/2015 em relação a safra anterior. A retração é decorrente a perspectiva de uma produção 12% menor. Ao contrário do que se viu na safra 2013/2014 o estoque inicial de pluma de algodão deverá ser 236,9% maior, visto o baixo desempenho das vendas.

As projeções são de uma oferta de 914,1 mil toneladas de pluma na próxima safra, das quais 38,5 mil toneladas são provenientes ainda do ciclo 2013/2014, revela o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Os números apontam que Mato Grosso deverá seguir a tendência mundial, ou seja, a de reduzir a oferta de pluma no mercado. A queda na produção é o principal fator, segundo o Imea, para a baixa oferta.

“Para o próximo ano, as perspectivas para a cotonicultura não são tão boas. Devido ao complicado mercado atual, e as margens negativas que o algodão tem proporcionado, a produção em Mato Grosso pode reduzir 12%, seguindo a tendência mundial. No Estado, enquanto a paridade de exportação para julho/15 está em R$ 54,46/@, o ponto de equilíbrio marca R$ 61,31/@, demonstrando a margem negativa que os produtores podem enfrentar. No lado da demanda, esta deve continuar existindo, uma vez que as expectativas mundiais do ICAC apontam para crescimento de consumo em 3,6%. No entanto, esse aumento não deve ser suficiente para trazer a devida reação que os preços internacionais precisam para que a margem volte a ser positiva, apenas impedindo maiores quedas. Tudo isso, graças aos estoques elevados que o mundo possui”, comenta o Imea.

Demanda

Em termos de demanda a queda deverá ser de 6,3%, atingindo-se 906,7 mil toneladas. Somente o consumo interno deverá ser reduzido em 15%, ficando em 45,4 mil toneladas. Já o consumo interestadual, ou seja, por parte de outros Estados 4% menor.

As exportações devem permanecer em queda. As estimativas são de retração de 8,4%, sendo embarcadas apenas 351,2 mil toneladas.

 

Por: Viviane Petroli

Fonte: Olhar Direto