O freio é a embocadura profissional, aquela que realmente tem condições de ajudar o treinador a explorar ao máximo o potencial do cavalo funcional. O mecanismo de ação do freio é complexo, pois envolve efeitos múltiplos: o bocal pressiona as barras, as comissuras labiais e a lingua; a ponte , ou passador de língua ( curva do bocal ) atua diretamente no palato; a barbela atua no queixo. Esse complexo mecanismo de ação, com base na pressão sobre multiplos pontos de controle da boca, é acionado por outro efeito, conhecido como efeito alavanca, derivado da movimentação das hastes pelos comandos de rédeas. Quanto mais longas e menos inclinadas as hastes, maior tende a ser a pressão. Mas o segredo do uso correto do freio é sutil, pois está no ajuste da barbela. Deve ser ajustada com a folga da largura do dedo indicador. Assim, quando as rédeas são acionadas, o bocal encosta no palato simultaneamente à pressão da barbela no queixo, travando o bocal. Se a barbela estiver muito apertada, o primeiro e principal efeito será o da pressão da barbela, causando grande desconforto. Ao contrário, se a barbela estiver muito folgada, o bocal "risca" o palato, causando desconforto e até mesmo ferimento. Em ambas as situações o cavalo mostrará atitudes relacionadas à postura de cabeça que indicam tentativa de fuga ao desconforto.
Saber escolher um freio é uma ciência, quanto ao conhecimento das partes do equipamento e da morfologia das partes constituintes da boca. O modo de ação das partes componentes do freio é variável. Por exemplo, o bocal pode ser brando, as hastes severas e vice-versa; o bocal pode ser brando na espessuara e moderado na altura; as hastes podem ser severas no comprimento, mas moderadas na inclinação, dentre outros exemplos de interação. O modo de ação do freio é mais complexo do que o bridão, porque atua sobre dois outros pontos de controle, o palato e o queixo. Em adição, a ação do freio sobre a nuca é bem mais eficaz. Se o bridão exerce ação elevatória da cabeça, o freio atua ao contrário.
Assim como o bridão, o freio também pode apresentar diferentes graus de severidade em sua ação: branda, moderada, severa.
Sem considerar as possíveis ações integradas entre as partes, temos as seguintes referencias de medidas:
Os sinais de resistência contra a ação do freio são vários:
De acordo com experiências práticas dos mais renomados fabricandes de freios dos Estados Unidos ( MYLER ), a boca é uma região sub-avaliada, talvez porque suas partes não estejam a vista. Cada parte de contato com o freio deve ser previamente avaliada. Por exemplo, se a lingua é larga requer freio de bocal de curvatura larga. Se a lingua é grossa, requer um freio, e não um bridão. Se a lingua está ferida o melhor é usar um freio de bocal alto. O bocal deve encaixar adequadamente no palato. Assim, um freio de bocal alto não necessariamente será severo. Mas quanto mais alto mais próximo da segunda vertebra cervical, que forma a delicada região da nuca, que precisa de flexão e relaxamento a fim de favorecer o posicionamento correto da cabeça ( angulo de 90 graus em relação ao solo ) e a ação eficaz da embocadura.
Somente um cavalo plena e corretamente adestrado é capaz de manter a postura correta da cabeça. Estará preparado para externar o máximo do potencial atlético, especialmente se física e mentalmente integrado com o cavaleiro – flexionado no conjunto de frente, tronco e membros, equilibrado nos deslocamentos e enérgico sempre que solicitado.
Em tudo o que se faz com o cavalo o importante é respeitar a natureza e a individualidade, preservando a integração homem/cavalo. Se há qualquer indicativo de resistência, a causa deve ser identificada e sanada. O cavalo está mentalmente preparado para o trabalho? Amanheceu em um bom dia? Lembre-se que apesar de não apresentarem a instabilidade de comportamento dos seres humanos, por serem criaturas de hábitos definidos, os cavalos também são seres sensíveis. E o arreamento, está correto, ou algo incomoda? A embocadura está bem ajustada e bem adaptada à boca? Os comandos principais de equitação estão corretos? E os comandos auxiliares, estão sendo aplicados adequadamente? Se a resistência á embocadura persistir, não continue o trabalho, sob pena de prejudicar o desempenho e até mesmo do desenvolvimento de vícios crônicos.
A boca, a mente e a constituição óssea muscular. Esse é o trinômio de maior interesse para treinadores de cavalos. A boca, porque deve estar sempre preparada para receber, sem desconforto, a pressão da primeira embocadura, o bridão e, na sequencia, as transições para diferentes modelos de freios, de acordo com as necessidades. A mente, porque nenhum treinador terá sucesso se o cavalo não se apresentar mentalmente condicionado para executar as atividades requeridas. Em adição, cada sinal dos sentidos naturais do cavalo e de reações emotivas, devem ser entendidos pelo treinador. A constituição óssea-muscular deve ser previamente avaliada e cuidada, a fim de que que o cavalo possa atingir o máximo de seu potencial atlético sem danos à integridade física-clinica.
Contudo, não há freio severo em mãos de apurada sensibilidade, comandando cavalos adequadamente adestrados. As rédeas apenas reforçam e controlam os movimentos derivados dos outros dois comandos principais da equitação, as variações na pressão de pernas e assento.
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