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Nutrição no Confinamento para Bovinos

O pecuarista deve dar atenção especial à alimentação bovina, que assume um importante papel na medida em que a produção de carne depende diretamente da qualidade e quantidade do alimento oferecido ao animal, como da eficiência de utilização do alimento.

As exigências dos animais em nutrientes estão expressas nas mesmas unidades dos nutrientes contidos nos alimentos, constituindo uma indicação da necessidade da necessidade da categoria animal. Inúmeros fatores (manejo, clima, densidade populacional, estresse, doença, entre outros) podem interferir nas necessidades nutritivas dos animais, aumentado-os ou diminuindo-os. Além disso, as exigências dos animais são alteradas com o aumento do peso vivo, assim, tanto a taxa, como a eficiência de ganho tendem a variar nas diferentes fases de crescimento e acabamento do animal.

Ração é a quantidade total de alimentos que o animal ingere em 24 horas. Na formulação da ração, o primeiro passo é obter os valores de exigências nutricionais, para a situação específica dos animais, através de tabelas. Na maioria das situações não é necessário preocupar-se com todos os nutrientes conhecidos. Alguns tendem a ser mais deficientes nos alimentos que outros. Assim, geralmente para bovinos, as rações são balanceadas para atender as exigências de proteínas, NDT, cálcio, fósforo e alguns macrominerais. Presume-se, deste modo, que os outros nutrientes estejam sendo consumido em quantidades suficientes, pela sua riqueza nos alimentos ou demanda nutricional baixa.

A produção animal está diretamente associada com o consumo de matéria seca digestível, proteína, NDT, e outros nutrientes. Independente do nível de ganho de peso, a eficiência de ganho é maximizada quando existe um equilíbrio entre a exigência do animal, pelos nutrientes, e sua total disponibilidade no alimento. A ração balanceada é, então, aquela que apresenta os nutrientes em quantidades e proporções adequadas para atender as exigências orgânicas do animal. No balanceamento adequado da ração,é importante:

• O conhecimento da composição nutricional e dos custos dos alimentos a serem utilizados, sempre considerando as restrições na utilização de cada alimento;

• Ajustes às exigências nutricionais e potenciais de ganho e de conversão alimentar da categoria de bovino a ser considerada;

• Formulação de rações econômicas.

Através do balanceamento das rações é que se determina a relação volumoso: concentrado necessário para cada ganho em peso, e para cada tipo de animal. As maiores taxas de ganho de pesos requerem maior concentração energética da ração, o que implica maior necessidade de alimentos mais energéticos, ricos em carboidratos não estruturais, como é o caso do grão de milho. O balanceamento de rações leva em conta tanto a quantidade de energia, como a proteína, que deve ser repartida e proteína necessária aos microrganismos do rúmen e proteína necessária aos bovinos. As fontes de minerais e vitaminas são adicionadas às rações, em proporções suficientes para atender as exigências orgânicas dos mesmos.

Os nutricionistas dispõem de programas de computador que formulam rações para determinado ganho de peso e categoria animal, considerando o elenco de alimentos disponíveis, suas composições nutricionais e seus custos. Através desses programas pode-se calcular a melhor alternativa de menos custo para a formulação da ração.

 

 

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