Um novo sistema de criação de rãs começa a ser usado em Goiás. Baias abertas são substituídas por estufas e o resultado é que a produtividade cresceu até 50%.
Um dos 20 ranários goianos fica no município de Gameleira, região central do estado. Vinte toneladas de carne são produzidas por ano. Neste momento, 150 mil rãs estão em fase de engorda e nos últimos 30 anos, os criadores têm investido para tornar o negócio economicamente viável. Uma das mudanças é o uso da ração, a mesma utilizada na criação de peixes carnívoros.
Outro investimento importante foi na reprodução do animal, que acontecia somente de outubro a março – meses mais quentes – limitando a produção do ranário. Hoje, nesta baia especial, oito graus acima da temperatura ambiente, as rãs reproduzem o ano todo.
Lorivaldo francisco nogueira – ranicultor
” ela fica ali no descanso fazendo a ovulação e se preparando para o momento que a gente necessita”
De um ano para cá os ranários também estão mudando de cara – as antigas baias abertas são substituídas por estufas de engorda e isso está interferindo na produtividade.
A baia convencional fica a céu aberto, apenas uma parte tinha proteção com telha comum.// neste novo sistema as telhas não existem mais.// a cobertura fica por conta de telas de sombreamento de 60% de proteção. Além impedir o ataque de predadores a estufa deixa as baias mais quentes.
Satisfeito com os resultados, aos poucos, o ranicultor está substituindo as baias antigas.// o custo das duas é o mesmo, mas o rendimento da estufa tem feito a diferença.
Dinis lourenço da silva – veterinário/ ranicultor
” a produtividade aumenta muito – eu calculo que até cinquenta por cento aqui dentro da estufa – do que fora da estufa – nos tínhamos período do ano que não tínhamos rãs para abater”
Grande parte da carne de rã produzida em Goiás vai para São Paulo e Minas Gerais.
Por: Márcio Venício
Fonte: Globo Rural
