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Seminário discute desafios e oportunidades para a Olericultura em Mato Grosso do Sul

Encontro foi marcado pela proposta do desafio colocado pelo Governador Reinaldo Azambuja
O auditório da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer) foi palco na manhã de quarta-feira, 7 de dezembro, de um seminário que discutiu os desafios e oportunidades para a Olericultura em Mato Grosso do Sul.
Reunindo entidades e especialistas, inclusive de outros Estados, o encontro foi marcado pela proposta do desafio colocado pelo Governador Reinaldo Azambuja, para a Secretaria de Produção e Agricultura Familiar (Sepaf) e a Agraer de ampliar a produção de alimentos no Estado, de forma a suprir a demanda interna e tornar-se um exportador num futuro não muito distante.

O Secretário de Produção e Agricultura Familiar, Fernando Mendes Lamas, logo na abertura das discussões, comentou que o Estado não sofre com desabastecimento, mas importa muitos produtos que poderiam ser produzidos no Estado, considerando a base científica e tecnológica, clima, solo, demanda e produtores preparados e interessados na atividade.

Para ele, o Seminário deve auxiliar na formatação de uma politica duradoura, clara e objetiva, que possa transformar a realidade do setor de olericultura no Estado. “O grande desafio que está posto pra nós é entender a logica do mercado, verificar onde estão as oportunidades e coloca-las em pratica”.
O Secretário falou ainda do trabalho que vem sendo desenvolvido na elaboração de um Plano de Desenvolvimento Sustentável da Cadeia produtiva de Hortaliças, documento que propõe uma estratégia operacional para o desenvolvimento da cadeia produtiva no Estado.

O superintendente de Desenvolvimento rural, Edwin Baur, fez uma explanação sobre os conceitos da olericultura no Estado e o desenvolvimento da atividade nos últimos anos e detalhou o trabalho de elaboração do Plano citado pelo Secretário. Segundo ele, entidades ligadas ao segmento estão sendo chamadas para a discussão que deve resultar na implantação de politicas publicas, estratégias e diretrizes voltadas a produção, beneficiamento, industrialização e comercialização de hortaliças. A promoção de intercâmbios entre agricultores, trabalhadores, fornecedores, consumidores e empresários do Estado também faz parte da estratégia, que deve ser implementada em 2017, em parceria com as universidades, Senar, empresas de assistência técnica, organizações e entidades representativas do setor.
“A horticultura é uma importante atividade econômica do setor rural do Estado e para ampliar seu desenvolvimento são necessárias ações concentradas nas inovações tecnológicas, na comercialização, na melhoria da qualidade e segurança dos alimentos, na agregação de valor e no estimulo a competitividade do setor”, completou Lamas.
Carlos Antônio Banci, da Emater, do Distrito Federal, compartilhou através de uma apresentação bastante completa a experiência que acumulou a frente de projetos na área de olericultura, destacando ações que tiveram sucesso e insucesso, pontuando os erros e acertos, e destacando a importância do associativismo e cooperativismo nos resultados positivos. Para contextualizar o mercado e falar da pequena produção, Banci trouxe dados do impacto social e econômico do agronegócio das hortaliças, pontuou os principais problemas que o produtor enfrenta desde a pressão do mercado, até as pragas e impostos, falou das dificuldades encontradas na propriedade, como a sazonalidade, armazenagem e atualização das novas tecnologias, e detalhou sobre organização e profissionalização da atividade.

 

Editor RuralSoft

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