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No Triângulo Mineiro, seca reduz em 40% a produção de hortaliças

Baixa produtividade das lavouras compromete a renda do produtor.

Quem não perdeu tudo, está recebendo pouco pela má qualidade. No Triângulo Mineiro, a seca reduziu a produção de hortaliças. Quem não perdeu tudo, recebe preços baixos por causa da má qualidade dos alimentos.

Antônio Ivanildo procura na plantação de couve-flor, mas não consegue encontrar produto nem para o consumo próprio. O produtor rural que deixou o sertão do Rio Grande do Norte há 30 anos, atraído pela promessa de um bom clima, está assustado com a estiagem que tem desvastado a região e já pensa em ir embora.

Na propriedade em Uberaba são cerca de 6 hectares de horta com várias culturas, mas quase nada resistiu a seca. As folhas amarelas indicam que a falta de água destruiu a plantação de abobrinhas, o repolho, que cabe na palma da mão, já tem 60 dias e deveria pesar, no mínimo, dois quilos e meio. O único canteiro onde ainda dá para salvar alguma coisa é o de alface, mas com a qualidade bem abaixo da expectativa do mercado e preços desanimadores.

A última chuva significativa na região foi há cerca de três meses e apesar de muitos produtores já estarem sofrendo bastante com a estiagem, todos sabem que a crise está apenas começando porque mesmo que chova agora, a melhora na produção vai demorar.

A Associação dos Horticultores do Vale do Rio Grande já fez as contas e acredita que a região vá fechar o ano com uma redução de 40% na produção na rural. Para evitar mais prejuízos, a orientação para os produtores é esperar um pouco, antes de voltar a plantar.

Há previsão de chuva para o sul de Minas Gerais, importante região produtora de café e que enfrenta problemas por causa da seca, mas a chuva que deve cair está longe de ser a ideal. Para se ter uma ideia, este ano, choveu apenas 376 milímetros na região, enquanto a média histórica é 920 milímetros, ou seja, 60% a menos.

Os produtores de café estão bastante preocupados porque as plantas precisam de uma certa quantidade de água para se desenvolver. André Garcia, agrônomo da Fundação Procafé, fala sobre o déficit das plantas e as consequências para as lavouras de café. Confira a entrevista no vídeo com a reportagem completa..

 

Por: Mário Sérgio Santos

Fonte: Globo Rural

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