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MT: Redução de 10% no milho

Em Mato Grosso, a área destinada ao cultivo do milho, como opção de segunda safra, deverá recuar 10,3%. Conforme levantamento divulgado pela consultoria AgRural, na última sexta-feira, inicialmente a cobertura totalizaria 2,89 milhões de hectares ante 3,23 milhões do ciclo passado.

Apesar de um cenário estimado, a consultoria chama à atenção para os desdobramentos climáticos das próximas semanas, já que a área agricultável é a mesma para as duas culturas. Na medida em que soja é retirada o cereal vai sendo semeado. “A semeadura do milho ainda vai depender do comportamento do clima na colheita da soja, que pode encurtar ainda mais a janela ideal de plantio. Os trabalhos são lentos no Estado e as áreas semeadas ainda não representam 1% do total”, explica a analista Daniele Siqueira. A janela se fecha em 20 de fevereiro, mas o cereal pode ter plantio estendido até os primeiros dias de março.

No médio norte, que concentra os dois maiores produtores do milho safrinha – Sorriso e Lucas do Rio Verde – a área deve cair 14% e o plantio, muito incipiente ainda, está sendo feito no ritmo da retirada da soja, para aproveitar a umidade do solo. No oeste, a queda é estimada em 6%, mas há produtores que, animados pelos preços, optaram por manter a mesma área do ano passado. No sul e no leste, os recuos devem ficar em 6% e 5%, respectivamente.

O Centro-Sul do Brasil deve semear 7,68 milhões de hectares, 6,4% menos que no ano passado. Mesmo com uma janela de plantio mais curta devido ao atraso no plantio da soja, o aumento dos preços do cereal no último trimestre de 2014 pesou na decisão de plantio. “Por isso, muitos produtores, em vez da grande redução de área planejada inicialmente, estão preferindo diminuir os investimentos em tecnologia, ou seja, baratear o custo de produção”. Ainda como destaca a consultoria, a alteração em relação à projeção de dezembro, de 7,69 milhões de hectares, foi mínima e reflete apenas ajustes pontuais em alguns estados. “O tamanho da área, porém, ainda depende em grande medida do comportamento do clima ao longo de janeiro, fevereiro e, em alguns casos, março. Tanto falta de chuva como excesso pode dificultar a confirmação da projeção”, reforça Daniele.

Combinada aos números da Conab para Norte/Nordeste, a estimativa da AgRural para o Centro-Sul resulta em área de 8,66 milhões de hectares no Brasil, com queda anual de 5,7%. A produção, calculada com base na produtividade indicada pela linha de tendência de 15 anos, fica em 44,9 milhões de toneladas (-7%).

COMERCIALIZAÇÃO – A comercialização antecipada da safrinha 2015 terminou dezembro em 19% da produção esperada, bem à frente dos 2% apurados um ano antes e com bom avanço sobre os 11% do final de novembro. “Com a melhora dos preços, ocorrida principalmente pelo temor de redução na área plantada, os produtores optaram por negociar e travar custos. Agilizar as vendas também foi uma reação à frustração de 2014, quando a opção foi vender após a colheita e o resultado foi pedir socorro nos leilões de Pepro da Conab”. Em Mato Grosso, 31% do cereal estavam comprometidos até o final de dezembro, ante 2% em 2013.

 

Por: Marianna Peres

Fonte: Diário de Cuiabá

 

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