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MT: Colheita soma 2% da área

Chuvas ainda não atrapalham ritmo no campo e dado parcial mostra ligeiro avanço ante janeiro de 2014 

Sojicultores de Mato Grosso seguem acelerando as colheitadeiras. Desde que teve início o trabalho de extração do grão, em 19 de dezembro do ano passado, como mostrado pelo Diário, a colheita soma cerca de 2% da área plantada de mais de 8,9 milhões de hectares na safra 2014/15. 

Conforme dado apresentando ontem pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e pela Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja/MT), o dado parcial, apurado até o último dia 8, aponta uma ligeira evolução sobre o mesmo período do ano passado, quando o volume colhido representava 1,9% da superfície cultivada. A partir da segunda quinzena do mês, o ritmo será intensificado com colheita ocorrendo em vários municípios. Como houve atraso na semeadura em decorrência da falta de chuvas em outubro do ano passado, o pico de colheita deverá ser observado a partir de meados de fevereiro. A colheita deverá estar encerrada em todas as regiões mato-grossenses na primeira semana de abril. 

Como mostra o levantamento do Imea, com exceção da região nordeste, há trabalhos ocorrendo em todos os pontos produtores, uns com mais ritmo e outros de maneira bem incipiente. Até o dia 8 a mais adiantada era a região oeste, com 4,9% da área colhida, com destaque para o município de Sapezal, cujo ritmo chega a 6% da superfície. Conforme a Aprosoja/MT, os produtores contam com o bom tempo para que o ritmo se mantenha o mesmo até o final de fevereiro. “O clima está ajudando muito os trabalhos nesse momento. Estamos tendo bastante sol e isso influencia positivamente. Mas o ritmo está normal e vai se intensificar a partir das próximas semanas. O forte mesmo será a partir da segunda semana de fevereiro, em virtude do atraso do plantio no ano passado, com a estiagem”, comentou o vice-presidente da região norte da entidade, Silvésio de Oliveira. Sua região já tem um percentual de 1,9% de soja colhida. 

A entidade chama à atenção para o oeste. “Embora tenha tido uma queda de quase 50% do total colhido durante o mesmo período do ano passado (de 8,4% para 4,9%), essa porção segue como a mais adiantada: 4,9% dos mais de 1,08 milhão de hectares cultivados”. 

Onde ainda não se iniciou a colheita, nas fazendas ao leste da Capital, o momento é de atenção e monitoramento, porque nessa porção plantio e colheita se dão de forma mais tardia. “Aqui, a colheita só inicia no final de janeiro mesmo. Normalmente, planta-se mais tarde e, nesta safra, por conta do atraso do plantio, será um pouco mais tarde ainda. Estamos esperando para o final de janeiro e início de fevereiro”, salientou o vice-presidente da Aprosoja/MT na região, Endrigo Dalcin. 

Outra região onde já se comemora o andamento da colheita é a sul. Em parte das áreas plantadas já se conseguiu colher ainda antes do Réveillon, onde o algodão já está inclusive sendo plantado, como informa o vice-presidente da Aprosoja/MT na região, Alexandre Schenkel. “Acredito que até o início da próxima semana, já teremos 3% das áreas colhidas. Vimos propriedades extensas colhendo antes do Ano Novo, o que historicamente não acontece. O ritmo está muito bom e já estamos plantando algodão sobre essas áreas”, informou o produtor. A região já colheu, conforme o Imea, em 2,4% da área plantada (1,9 milhão ha). 

Porém, de acordo Schenkel, como a janela de plantio no sul e no sudeste compreendeu um período maior, de 15 de setembro a 15 de novembro, a colheita da soja deve se estender até depois de fevereiro. “Nesta safra não foi plantado tudo numa etapa só, tivemos uma situação atípica em virtude da estiagem maior. Por isso, colheremos até fevereiro ou mais”, finalizou. (Com assessoria)

 

Por: MARIANNA PERES 

Fonte: Diário de Cuiabá

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