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MT: Bezerras jovens devem ser imunizadas

Pecuaristas de todo Mato Grosso já podem vacinar as bezerras com idade entre três e oito meses contra a brucelose. A primeira etapa da campanha de vacinação obrigatória contra a doença começou no dia 1º de janeiro e segue até o dia 30 de junho. Nesta etapa devem ser imunizadas cerca de 1,3 milhão de cabeças. 

A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) reforça a importância da vacinação. “Com a vacina o produtor vai garantir a saúde animal do seu rebanho já que o tratamento não é recomendado e os animais positivos são sacrificados”, destaca o analista de Pecuária da Famato, Rafael Linhares. 

O produtor tem até o dia 10 de julho para comunicar a imunização ao Instituto de Defesa Agropecuária (Indea). “A comunicação ao órgão responsável é tão importante quanto vacinar, pois assim o produtor conclui sua obrigação sanitária conforme a legislação”, reforça Linhares. 

ORIENTAÇÃO – Para comprovar a vacina é importante que o produtor faça a marcação V5 na face esquerda do animal imunizado. O “V” significa vacinação de brucelose e o número 5 indica o último dígito do ano em que foi aplicada a vacina, no caso 2015. 

A vacina que o produtor deve utilizar nesta etapa é a B19 em dose única. Mas em propriedades inundáveis do Baixo Pantanal é opcional para o produtor usar a B19. Ele também pode aplicar a vacina RB51 em fêmeas acima de oito meses em dose única, exceto gestantes. 

A vacinação contra a brucelose é dividida em duas etapas, sendo uma em cada semestre do ano. A próxima etapa será de 1º de julho a 31 de dezembro. 

O pecuarista que não imunizar o rebanho pode ser multado em 2,25 UPFs (Unidade de Padrão Fiscal), sendo que cada UPF equivale a R$ 108,98. As propriedades irregulares com a vacinação ficam impedidas de transitar com bovinos e bubalinos machos e fêmeas de qualquer idade, categoria ou finalidade. 

COMBATE – Conforme o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), O número de vacinação contra a doença da brucelose vem aumentando no país desde a criação do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT), em 2001. O plano, que foi instituído pelo Mapa, tem por objetivo diminuir a incidência das epidemias de brucelose e tuberculose. 

A medida prioritária do programa é a imunização de fêmeas bovinas e bubalinas entre 3 e 8 meses de idade, com a dose da vacina obrigatória B-19. Pesquisas científicas indicam que coberturas vacinais acima de 70% por longos períodos reduzem significativamente a prevalência de brucelose nos rebanhos. 

De acordo com o Departamento de Saúde Animal (DSA), em 2013, o número de fêmeas bovinas vacinadas nesta faixa etária chegou a 16.329.466, ou seja, uma cobertura vacinal de 77,5%. Para o cálculo deste índice foi considerado o número de bezerras de até 12 meses, conforme dados obtidos durante a atualização do cadastro de rebanhos realizado na campanha de vacinação contra febre aftosa em novembro do ano passado. Os dados referentes ao exercício 2014 ainda estão sendo contabilizados. 

A DOENÇA – A brucelose bovina é uma das zoonoses mais difundidas no mundo e tem como principal sinal clínico o aborto, com a consequente queda na produção de carne e leite. No Brasil, a doença é endêmica e existe heterogeneidade entre as regiões quanto a sua prevalência, variando de 0,06 a 10,2% de fêmeas infectadas. As incidências mais baixas estão nos estados da região Sul.

 

Fonte: Diário de Cuiabá

 

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