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Monsanto lança campanha para incentivar adoção do plantio de refúgio na cultura do milho

O plantio de refúgio em áreas cultivadas com sementes de milho que contêm tecnologias Bt, resistentes a pragas, previne a seleção de insetos e traz benefícios econômicos e ambientais ao agricultor. De acordo com o Instituto Kleffmann, especializado em informações agrícolas, apenas 20% dos produtores brasileiros adotaram essa prática na cultura do milho ao longo da safra passada. Para incentivar a adoção do refúgio, a Monsanto está lançando a campanha “Refúgio com Desconto”, que oferece 30% de desconto para o agricultor na compra de sementes de milho não-Bt (convencionais ou tolerantes ao herbicida glifosato) destinadas ao plantio da área de refúgio para o milho.
De acordo com o gerente de marketing para milho e sorgo da Monsanto, César Barros, a iniciativa inédita no mercado agrícola brasileiro tem o objetivo de estimular o produtor a plantar a área de refúgio. “As tecnologias Bt trouxeram benefícios ambientais e econômicos para o produtor, com aumento de produtividade e o melhor manejo da lavoura. E o refúgio é fundamental para a preservação desse cenário, pois proporciona a manutenção de uma população de pragas que pode ser controlada por essa biotecnologia, assegurando sua eficácia”, destaca Barros. 
Para participar da campanha, os produtores devem reservar pelo menos 10% da área da cultura do milho para o plantio do refúgio. Por exemplo: em uma área de 100 hectares plantada com milho, 90 hectares podem ser plantadas com milho que tem a tecnologia Bt, de controle de insetos, e pelo menos 10 hectares (equivalente a 10% do total) devem ser plantados com milho convencional ou com tolerância ao herbicida glifosato, sem a tecnologia Bt.
O desconto de 30% poderá ser solicitado pelo produtor no momento da compra das sementes de milho destinadas exclusivamente para o refúgio nos canais de vendas participantes da campanha, mediante a comprovação do total que será cultivado com sementes contendo a tecnologia Bt. A campanha é válida para os híbridos de milho das marcas Agroeste, Sementes Agroceres e Dekalb com as tecnologias VT PRO, VT PRO 2, VT PRO 3 e VT PRO MAX.
Especialista em insetos, o gerente de regulamentação da Monsanto Renato Carvalho explica que, na natureza, sempre há alguns indivíduos que podem ser resistentes às tecnologias. O plantio do refúgio tem por objetivo manter uma população de lagartas sensível às proteínas Bt, ou seja, não resistentes. Com isso, os insetos adultos das pragas que se desenvolveram na área de refúgio vão acasalar com qualquer indivíduo resistente que possa ter sobrevivido ao milho Bt e transmitir novamente a suscetibilidade ao Bt para as gerações seguintes, assegurando a eficácia da tecnologia no controle das pragas.
“A preservação e a sustentabilidade das tecnologias de milho dependem do cumprimento das recomendações de Manejo de Resistência de Insetos, que traz o refúgio como principal componente. Além disso, recomendamos outras medidas importantes do Manejo Integrado de Pragas (MIP), como a dessecação antecipada, o monitoramento da área, a rotação de culturas e outras opções de controle”, completa Carvalho.

 

Fonte: Agrolink

rsuser

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