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Ministério apoiará iniciativas para expansão do milho no Brasil

Governo estudará a possibilidade de firmar contratos de longo prazo para garantir renda aos produtores    

Brasília (07/08/2012) – O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apoiará a expansão da cadeia produtiva do milho no Brasil nos próximos anos. O potencial de crescimento da cultura e os problemas que impedem o aumento da produção foram apresentados por integrantes da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) ao secretário-executivo, José Carlos Vaz, e ao secretário de Política Agrícola Caio Rocha durante uma reunião nesta terça-feira, 7 de agosto, em Brasília.

"O milho é uma cultura que tem uma volatilidade maior do que a soja e que acaba sofrendo mais com problemas como a estiagem, mudança cambial e taxas de juros, entre outros fatores. Acho que o governo pode auxiliar o setor privado por meio de contratos de longo prazo e encontrar formas de premiar o produtor que apostar na cultura", analisa Vaz.

Baseados num estudo que integra o Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Milho no Brasil – que fará um levantamento da situação atual das lavouras em 563 microrregiões do país -, os integrantes da Abramilho planejam definir ações para recuperar o "atraso" da cultura em relação à soja e estimular o plantio do cereal tendo como modelo o que ocorre nos Estados Unidos, que colhe quatro toneladas do cereal para cada tonelada da oleaginosa. Além do Mapa, a iniciativa também envolverá a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

"O governo sabe da importância que o milho tem para o desenvolvimento agrícola do Brasil. Pretendemos tomar as decisões junto com a cadeia produtiva para ampliar o cultivo em áreas que hoje são importadoras e reduzir os custos do transporte para estados de menor produção", afirma Rocha.

Segundo o presidente-executivo da Abramilho e ex-ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli, os principais gargalos que comprometem a cadeia são o crédito de comercialização insuficiente, falta de um seguro para o setor privado e de preço de garantia. O restante, na opinião dele, é "logística".

"Temos que verificar a posição que o Brasil já detém e o que é necessário para que o país se torne um grande player no mercado internacional. Há 10 anos o milho vem se firmando como uma lavoura competitiva. O clima tropical nos permite produzir durante 12 meses e estamos próximos de conseguir uma terceira safra", destaca Paolinelli.

Fonte: MAPA

rsuser

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