Bons negócios com o grão levam valor da produção no país à estimativa recorde de R$ 227,7 bilhões neste ano
As secas nas regiões Sul e Nordeste do Brasil, as estiagens nos Estados Unidos e a grande expansão da produção de milho no país que, neste ano, superou o cultivo de soja, tradicionalmente maior que o do cereal afetaram os preços agrícolas e elevaram o valor bruto da produção (VBP) das principais lavouras brasileiras. O faturamento do campo, calculado a partir dos levantamentos de safra realizados em agosto, está estimado em R$ 227,7 bilhões pra este ano. A quantia supera em 0,8% o índice registrado no mesmo mês de 2011. E o valor alcançado neste ano é o maior da série de estudos iniciada em 1997
Segundo o coordenador da Assessoria de Planejamento Estratégico (AGE) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Garcia Gasques, os preços agrícolas, especialmente os de soja e de milho, e também a produção, que sofreu quebras acentuadas de alguns alimentos como soja, milho e feijão, foram afetados pelos fatores citados acima.
Entre os produtos de melhor desempenho nesse período estão o algodão (37,1%), o milho (28,4%), a soja (16,4%) e o feijão (9,4%). Entre os que vêm apresentando resultados desfavoráveis no faturamento neste ano, os que têm mostrado pior desempenho são a laranja (-50,7%), o tomate (-50,2%), a batata-inglesa (-44,2%), a mandioca (-17,7%), o cacau (-15,7%), o trigo (-15,2%) e o arroz (-14,1%).
CAMINHO CONTRÁRIO
Apesar dos bons resultados registrados nacionalmente, o Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/Ufla), em agosto o índice de preços recebidos (IPR) pelos produtores rurais do Sul de Minas apresentaram queda de 6,23%, e índice de preços pagos pelos insumos usados no campo caiu bem menos, apenas 0,84%. O resultado representa perda de renda no meio rural.
No acumulado dos últimos 12 meses, a renda agrícola apresenta-se negativa em 6,23%. E no ano, no entanto, há um aumento de 1,72%.
Segundo o professor da Ufla Renato Fontes, a queda do preço da saca do café puxou a retração do IPR em Minas. Mas a tendência é de que os valores voltem a subir frente ao fim da colheita e dos temores em relação à qualidade do grão oferecido ao mercado neste ano. A retração de 63% na cotação da saca de feijão entre abril e agosto, também ajudou a reforçar a baixa do índice. Em contrapartida, houve uma alta média de 3,6% nos preços dos hortifrutigranjeiros no mês passado, na comparação com julho.
Fonte: Jornal Estado de Minas
Publicação: 17/09/2012
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