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MG: Seca reduz oferta de produtos na Ceasa, mas preços se mantêm

Período de seca diminui a oferta de hortifrutigranjeiros na Central de Abastecimento do Vale do Rio Grande (Ceasa) de Uberaba, mas preços continuam estáveis. A alta temperatura e a falta de chuva geram uma situação nada boa para o produtor rural. Nas hortas, as perdas começam a aparecer, e as folhosas são as mais prejudicadas e já estão em falta no mercado. Entretanto, o preço não aumentou para a manutenção das vendas, que estão cada vez menores, e o produtor e os comerciantes, por sua vez, mantiveram os valores, sem reajustes.

Sem dúvida, 2014 está sendo um ano atípico, com pouca chuva, e um produtor de hortaliças não pode mais contar apenas com o clima, esperando que a chuva irrigue a plantação. Segundo o orientador de mercado da Ceasa, João Carlos Caroni, a chuva do último fim de semana não trouxe resultados positivos para o produtor; pelo contrário, gera ainda mais problemas, pois logo depois a temperatura volta a subir. “O volume de água foi baixo e concentrado em algumas localidades, não sendo suficiente para controlar a umidade relativa do ar. O sol já voltou a aparecer, o clima está quente novamente e isso não é bom para a planta”, explica João.

Segundo o orientador, essa situação climática com certeza vai entrar para história. “A última vez que se viu seca como esta foi há 12 anos, quando foi preciso adotar medidas enérgicas, com o fechamento de bombas de irrigação, usadas por produtores no Rio Uberaba”, diz. “Assim como acontece agora, os técnicos do Instituto Mineiro de Gestão das Águas estiveram no município e vários produtores foram punidos; a diferença é que atualmente o Ministério Público está concedendo prazo para a regularização”, argumenta.

Além de enfrentar esse grande problema com o tempo, o produtor está com dificuldade nas vendas. “Na segunda-feira, 22, tivemos mais um mercado livre do produtor e entre as hortaliças a alface foi a que mais registrou queda na oferta, mas o preço continuou o mesmo, ou seja, R$12 a dúzia. Uma situação atípica, por conta do poder aquisitivo do consumidor, que está comprando menos; por isso, se os preços subirem, as vendas ficarão mais complicadas. É ruim para o comerciante e para o produtor, que só não volta fazenda com o caminhão cheio de produtos porque vende para o Banco de Alimentos”, esclarece.

Outro destaque na comercialização de segunda-feira, 22, foi a abobrinha. Houve queda significativa no preço da caixa, com 22 quilos, em questão de dias. Na segunda-feira, 15 de setembro, a caixa do produto estava sendo comercializada por R$50; na quinta-feira, dia 19, subiu para R$60, e nessa segunda, 22, foi vendida por R$20. Por outro lado, o tomate vem registrando alta. Há 15 dias estava sendo vendido por R$30, a caixa, que agora está valendo R$50.

 

Por: Geórgia Santos

Fonte: JM Online

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