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MG: Bovinos infectados por parasita preocupam produtores rurais

Uberaba registra casos de bovinos infectados pelo parasita Tripanossoma vivax. O fato preocupa produtores por causa do risco de perdas, principalmente porque dezenas de animais já foram contaminados em algumas propriedades. O sinal de alerta foi dado pelo Sindicato Rural para adotar medidas de prevenção da doença tripanossomíase, que, apesar de não ser transmitida ao homem, está preocupando as autoridades, principalmente quanto ao medicamento, que é importado.

No Brasil, a doença foi observada inicialmente na região Norte do país e, há alguns anos, no Centro-Oeste, nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Em Minas Gerais, inclusive em Uberaba, na última semana, foram diagnosticados surtos em rebanhos principalmente em bacias leiteiras. A doença é transmitida por moscas hematófilas e agulhas contaminadas, quando usado o mesmo material em vários animais durante a injeção de ocitocina, na hora da ordenha, para facilitar a liberação do leite.

“Estamos preocupados, pois é uma doença que está se alastrando e pode levar à morte, caso não seja tratada”, explica o médico veterinário do Sindicato Rural, Domingos Sávio Guerra. Ao mesmo tempo, ele tranquiliza a população, afirmando que não há riscos de o homem também contrair a doença ao comer a carne ou beber o leite do animal infectado, ou até mesmo ao ser picado pela mosca. Ele apenas pode ser um hospedeiro intermediário, transmissor do parasita.

Segundo Sávio, conforme levantamento divulgado pelo Instituto Mineiro de Agropecuária, acredita-se que no Triângulo Mineiro em torno de 20% a 30% dos rebanhos estejam contaminados. “Várias entidades estão mobilizadas nesta causa. Em Uberaba, o Hospital Veterinário está nos ajudando no diagnóstico da doença, e a Certrim vai realizar no dia 29 de setembro uma palestra para produtores, explicando sobre a doença. Enfim, a intenção é controlar a situação e evitar perdas para os produtores”, explica.

Sávio revela que esta é uma doença tratável e que existe medicamento para isso, mas as doses não são produzidas no Brasil. É possível adquiri-las somente por meio do Ministério da Agricultura. O ideal é ter esse remédio em estoque para que seja utilizado assim que necessário. E para que isso aconteça, as entidades estão se mobilizando para fazer essa reivindicação ao Ministério da Agricultura, de forma a diminuir o prejuízo e a disseminação da doença.

 

Por: Geórgia Santos

Fonte: Jornal de Maringá

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