Quando a fêmea bovina está gestante, faz-se necessário a realização de procedimentos adequados para garantir o desenvolvimento da cria e a eficiência reprodutiva e econômica do rebanhoO sucesso da pecuária está intimamente relacionado à adoção de uma série de cuidados nas diferentes fases da produção. Algumas situações exigem ainda mais a atenção do produtor. Uma dessas diz respeito ao período gestacional. Segundo o médico veterinário e pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Bruno Campos de Carvalho, a gestação em bovinos tem uma duração média de 285 dias (9,5 meses). Entretanto, essa duração varia de acordo com o sexo da cria e a raça da vaca, sendo que as fêmeas de raças zebuínas e seus mestiços apresentam gestações mais longas, de até 295 dias, em comparação às vacas de raças europeias, que podem ser mais curtas, de 275 a 280 dias.
O momento deve ser encarado como um período de preparação para uma nova lactação. Por essa razão, é um período que exige um investimento especial em manejo nutricional e sanitário para que a vaca possa produzir de forma adequada após o próximo parto, garantindo a eficiência do rebanho. Caso contrário, o animal não apresentará boas condições corporais ao parto, podendo também originar bezerros fracos e mais suscetíveis às doenças, prolongar o período de anestro, reduzindo os índices de concepção ao início da estação de monta. Tais circunstâncias são extremamente prejudiciais à produtividade do plantel.
À medida que a gestação vai evoluindo, os cuidados precisam ser intensificados. É justamente nos últimos 60 dias de gestação, quando o crescimento do feto é maior, que a vaca necessita mais ainda de ser manejada corretamente. Nesta fase final, as mudanças drásticas de manejo que a vaca experimenta, como a secagem, a mudança de dieta e lote, e depois o parto, com nova mudança de manejo, tornam o momento ainda mais crítico para o animal. Ao contrário, nos terços inicial e médio da gestação, as exigências são pouco alteradas.
Fonte: Revista Produz
