Manejo apropriado a cordeiros recém-nascidos garante alta taxa de sobrevivência

A criação de ovinos, no Brasil, se deu através da influência dos espanhóis durante a colonização do nosso país. O início da criação foi na região sul, que detinham grandes rebanhos com a finalidade da produção de lã. Os animais, com o passar do tempo, foram adaptados a fim de obter o uso também da carne, devido as necessidade do mercado nacional.

Os cuidados apropriados devem ser tomados com os cordeiros, principalmente com os recém-nascidos.

O período gestacional é de cerca de 147 dias, nas ultimas 6 semanas são formados aproximadamente 15/80% de peso final do filhote. Nesse período se não bem alimentada a mãe, os filhotes podem nascer débeis, a ovelha produzira menos leite e poderá até rejeitar o filhote. Assim, o cuidado com o cordeiro se inicia na fase fetal e deve ser continuado com boas práticas de manejo após o nascimento. O colostro deverá ser ingerido em até 8 horas pois, assim haverá maior absorção dos nutrientes.

O corte (2 a 3 cm)  do umbigo deverá ser feita em seguida, quando necessário, a tesoura deverá ser desinfectada, e o local do corte também, com tintura de iodo a 5%, segurando o cordão umbilical imerso em um frasco de boca larga por 40 a 60 segundos. A pesagem e a identificação, é importante para selecionar as melhores ovelhas, as que produzem mais leite os filhotes serão mais pesados pós-desmama. Se o cordeiro apresentar pouco peso a probabilidade de morte será maior.

Em raças lanadas a caudectomia deve ser realizada em animais destinados à reprodução, os destinados ao abate estão livres da prática. A idade ideal é de aproximadamente 3-10 dias, porque quanto mais novo, mais rápida é a cicatrização.

Na fase do desmame outra pesagem (PD) deverá ser feita, permitindo o cálculo do ganho de peso médio diário (GMD. Após a desmama seguem para a fase da recria, onde os cuidados no manejo devem continuar.