O Nordeste é a região brasileira onde observa-se a maior frequência deste enfermidade, devido à grande concentração destes pequenos ruminantes, da vegetação contendo espinhos e da falta de orientação adequada aos criadores de caprinos e ovinos, quanto à sanidade de seu rebanho. Estes fatores são de grande relevância na transmissão e disseminação desta patogenia. Para a caprino-ovinocultura nacional trata-se de um sério problema, com perdas econômicas evidenciadas através da diminuição de produção de leite, da desvalorização da pele devido às cicatrizes, ao custo das drogas e da mão de obra para tratar os abscessos superficiais. As perdas na produção são observadas quando o linfonodo afetado está localizado em áreas específicas (mandíbula, região crural, úbere), diminuindo as atividades normais do animal, como a mastigação, a locomoção no pasto, a procura de alimentos e a lactação. Na forma visceral, a doença atinge órgãos o que resulta no emagrecimento, na condenação de carcaças e na morte do animal.
Transmissão
A disseminação do agente etiológico desta doença no meio ambiente deve-se a rutura dos abscessos, cujo material segregado contém um elevado número de organismos viáveis, a habilidade desta bactéria sobreviver no solo por um período longo confirma a presença constante deste agente nos criatórios. A sobrevivência e a persistência do microrganismo em relação ao tempo em diferentes objetos, são as seguintes:
Outros fatores, como concentração de animais, ferimentos na pele e umidade, concorrem altamente para a transmissão da doença. Quando um animal infectado é introduzido num rebanho livre da doença, dentro de dois a três anos ocorre uma alta incidência do aparecimento de abscessos em todo rebanho.
Os métodos principais de propagação desta doença entre uma propriedade e outra são: a introdução de animais infectados e os equipamentos contaminados (tatuadores, brincadores, etc). Enquanto que, os métodos essenciais de disseminação entre os animais são: a tosquia, na tatuagem, a marcação, na castração, no corte de cauda, na vacinação e contato entre o material purulento dos animais e instalação.
Medidas Profiláticas
Ainda não existe definição quanto ao tipo e à eficiência das vacinas existentes, portanto recomenda-se, como medida profilática, a incisão cirúrgica dos abscessos periféricos antes que se rompam espontaneamente. Uma vacina viva atenuada foi desenvolvida pela Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola, mostrando uma eficiência de 83,33% na prevenção do aparecimento de abscessos superficiais, em caprinos vacinados aos 3 meses e acompanhados por um período de 8 meses. Outro tipo de vacina utilizado é o toxóide a 3%, que conseguiu conter a disseminação do agente infectivo a outras partes do corpo do animal, mostrando resultados promissores. Devido ao período longo de incubação desta doença e à ausência de lesões visíveis à formação dos abscessos, é difícil distinguir clinicamente os animais infectados dos não infectados.
Geralmente, o tratamento com antibióticos não é recomendável economicamente, porque esta terapia demora semanas ou até meses. Além do mais, é quase impossível erradicar esta doença com este tratamento, pois os antibióticos não penetrarem na cápsula dos abscessos. O controle deve ser realizado através de medidas imunoprofiláticas. Para isto, todos os esforços devem ser feitos no sentido de se eliminarem ou reduzir as fontes de infecção e/ou propagação da doença nos rebanhos.
Diagnóstico
No animal vivo ou na carcaça, os métodos utilizáveis para o diagnóstico da doença são:
Sintomas e causas que confundem no diagnóstico da LC na forma superficial e visceral
Forma superficial
Forma Visceral
Recomendações
Diante das medidas profiláticas existentes deve-se seguir rotineiramente as recomendações seguintes:
Não é recomendável a prática de injetar solução de formol a 10% nos abscessos aumentados (visíveis, pois este reagente é irritante/cáustico aos tecidos (pele, mucosas e pulmões). A solução de formol com a concentração de 1 a 10% é empregada como desinfetante de superfícies, pois possui propriedade potente contra todos os organismos, inclusive esporos. O uso da solução de formol em animais para consumo humano também não é recomendado devido ao efeito residual acumulativo do produto, causando toxidez nos tecidos dos animais, o que poderá acarretar transtornos. A utilização de formol em animais nos EUA é proibido porque é cangerígeno.
Procedimentos na abertura de abscessos
Materiais a serem utilizados:
OBS: Todos os instrumentos deverão estar desinfetados em água fervente ou álcool.
Procedimento
Isolar os animais com abscesso;
Fazer a abertura dos abscessos fora do aprisco, em lugar próprio que permita boa desinfecção e destruição da massa purulenta.
Seguir os seguintes passos:
Os instrumentos que forem utilizados para a abertura dos abscessos deverão ser usados somente para este propósito.
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