Retirada da lã é necessária para os animais enfrentarem o verão.
Valor do produto está em alta, pois é cotado em dólar.
A temporada de tosquia movimenta as fazendas de criação de ovelhas no Rio Grande do Sul. A lã representa um lucro a mais para os criadores e trabalho garantido para os tosquiadores.
A tesoura manual deu lugar à máquina elétrica e hoje a retirada da lã das ovelhas não dura mais do que dois minutos, mas é preciso habilidade para não ferir o animal. A época é de trabalho extra para quem trabalha com a tosquia – ou esquila, como é dito Sul. Cada esquilador chega a tirar a lã de até 150 animais no mesmo dia.
A equipe do esquilador Davi da Silva percorre as fazendas da região da fronteira e campanha gaúcha para tosar os animais. O trabalho começa na primavera e se estende até o verão. A cada ovelha tosada o esquilador ganha, em média, R$ 5. “Nessa época pegamos bastante serviço pra tosquiar, nos viramos por etapa”, afirma.
A retirada da lã é necessária para dar condições para os animais enfrentarem os dias quentes do verão. O calor intenso causa desconforto e pode levar à perda de peso e até a morte dos animais, mas como na primavera as chuvas também são frequentes, é preciso cuidado com as mudanças bruscas de temperatura.
“Não de frio pra calor, mas de chuva. Ela é muito perigosa para as ovelhas. Com o corpo quente, recebe aquela mudança brusca de temperatura e sofre uma pneumonia, então precisa realmente de muita segurança”, alerta o médico veterinário Wilson Dornelles.
Segundo a Secretaria de Agricultura, o estado tem um rebanho de quatro milhões de cabeças, que rende 12 milhões de quilos de lã, um produto que está em alta já que é a cotado em dólar. Quase toda a lã produzida no Rio Grande do Sul é exportada para o Uruguai.
O preço varia de acordo com a raça do animal. A corriedale, por exemplo, produz uma lã mais grossa. Já a merino, gera uma lã mais fina, que é também mais valorizada no mercado. O quilo chega a custar US$ 6. “Bastante favorável em função da valorização do dólar em relação ao real. A lã é um produto baseado em dólares. É um bom negócio, porque você vende o cordeiro e fica sempre com a essência, com a mãe”, explica o criador Lauro Fittipaldi.
O Rio Grande do Sul responde por 91% da produção nacional de lã.
Por: Josiane Pimentel
Fonte: Globo Rural
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