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Inflação do feijão pode favorecer trigo

“O aumento excepcional dos preços do feijão (mais de 58% nos últimos 12 meses) e do arroz (mais de 10% no mesmo período e com tendência de alta) poderá (ainda não ocorreu) ressuscitar o interesse das donas de casa pelo consumo de massas e biscoitos no cardápio (ou parte dele) de alimentação das famílias”. A avaliação é do analista sênior da Consultoria Trigo & Farinhas, Luiz Carlos Pacheco.
Segundo ele, em tempos normais isso deveria fazer subir os preços desses produtos, mas na atual conjuntura fará com que os compradores aceitem com mais boa vontade os preços hoje pedidos pelos moinhos. Por outro lado, aponta Pacheco, os custos não devem ser aumentados por várias razões.
O especialista afirma que esses custos “já estão inflados demais e o governo não deve aumentar em excesso a energia, os salários e os combustíveis, como aconteceu no ano passado. Os aumentos deverão ser apenas os normais, isto é, inflação mais 1% ou 2%”.
“Não há mais trigo nacional, então o acréscimo que existia (chegou a 40%) em relação ao mercado internacional está desaparecendo, com o desaparecimento dos lotes disponíveis. Trigos importados chegam a preços mais baixos que os pedidos por trigo doméstico, entre 5% e 21% abaixo dos preços pedidos pelos poucos lotes disponíveis de trigo nacional”, alista Pacheco entre as razões.
Por fim, o analista aponta que o Dólar tende a se manter baixo, com as medidas econômicas tomadas pelo novo governo agradando ao mercado, “que tem reagido valorizando a moeda nacional contra a moeda norte-americana, o que é natural, à medida que nossa economia melhora lentamente”.
“Com isto, os moinhos podem obter um resultado financeiro melhor do que vinham tendo até dois meses atrás. É claro que ainda não é o céu, mas, aparentemente a Fayton situação se desenha bem melhor do que parecia há bem pouco tempo. Os problemas de abastecimento de matéria prima (trigo em grão), pela falta de trigo nacional disponível não parecem graves, porque o trigo importado chega aos moinhos a preços iguais aos últimos lotes de trigo nacional comercializados ou até levemente abaixo. Os moinhos aparentemente irão conseguir, finalmente, respirar um pouco mais aliviados”, conclui.

 

Editor RuralSoft

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