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Granja de material genético atua com a nova raça Embrapa Suínos e Aves

Pioneira no desenvolvimento de material genético de alta qualidade, a Embrapa Suínos e Aves desenvolveu uma nova genética de fêmea suína. Uma variedade que vem ganhando espaço no mercado pelo diferencial da carne. 

De acordo com o pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Elsio Antônio Figueiredo, esse projeto foi concebido para ocupar uma lacuna existente no mercado, que é para produtores, pequenas agroindústrias e cooperativas que estão interessadas em um produto diferenciado. “É uma carne de mais qualidade, tanto para servir como carne in natura em restaurantes, churrascarias e outros estabelecimentos, como para a fabricação de produtos curados, como o presunto cru, por exemplo, isso agrega bastante valor a produção”, destaca. 

A fêmea suína Embrapa MO25C foi um dos lançamentos da Embrapa Suínos e Aves, na 37ª Expointer, Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agropecuários em Esteio no Rio Grande do Sul. Para a Chefe Geral da Embrapa Suínos e Aves, Janice Zanella, a fêmea suína é um diferencial que a Embrapa está proporcionando. “Além dos resultados, precisamos ver o impacto que eles vão causar. Não somente o impacto econômico, mas também a inclusão de fornecer um valor agregado a produção, por exemplo, para ajudar a fixar o homem no campo, proporcionar uma renda extra e até formar um novo nicho de mercado, e ter esta resposta. Então é ter um impacto econômico, de ter uma maior sustentabilidade para o produtor e tem todos os outros adicionais que podem vir”, salienta. 

A reprodução é realizada nas granjas de material genético. Na Granja Canadá, o trabalho dos últimos cinco anos rendeu parcerias que superam as divisas geográficas. Para o sócio da Granja, Oraldi Martelli, a parceria é promissora. “Nós começamos quando a Embrapa lançou a linha macho, o MS115. Faz 20 anos que trabalhamos com este convênio de multiplicar e aumentar os programas genéticos que eles desenvolvem, então o destino destas fêmeas é para clientes que hoje já usam o programa MS. Essa fêmea veio para fazer este diferencial”, aponta. 

O destino de muitos destes animais é para a Bahia. “Nós temos certeza de que estes animais irão trazer um melhoramento genético, tanto aqui em Santa Catarina, como lá no Nordeste, na Bahia, que existe a necessidade de um animal como este, de uma qualidade de carne melhor, com maciez, e vamos fazer este trabalho no acabamento, no Frigorífico”, destaca o sócio da Granja Canadá, Júlio Farias, da Bahia. 

Júlio apostou na nova raça. Um projeto que começa a ganhar espaço na região litorânea do país. “Como o Nordeste tem um preconceito com a carne suína, isso vai se melhorar no sentido de propagar que é uma carne mais saudável, que tem uma maciez muito maior do que existe do que as tradicionais, e vamos divulgar isso lá no varejo, já que temos a parte de industrialização também”, acrescenta. 

A região berço da suinocultura catarinense e brasileira se destaca pela produtividade, sempre pautada na biossegurança, exemplo para os estados brasileiros. “Temos uma parceria com uma granja que produz material genético para todo o Brasil e que está começando a levar para o campo esse material, não só para Santa Catarina, mas também parcerias com outros estados brasileiros que também estão fazendo com que a disseminação desta genética seja rápida trazendo mais ganho para aos nossos produtores, principalmente estes que transformam na pequena indústria para fazer um produto de melhor valor agregado”, finaliza o presidente da ACCS, Losivanio Luiz de Lorenzi.

 

Fonte: Suinocultura Industrial

 

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