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Governo Federal atrasa repasse de renda e prejudica extrativistas no MA

Subsídio é pago quando o preço do coco está muito baixo no mercado.

Mulheres reclamam de atraso e falta de informações.

Mulheres que vivem da coleta de babaçu no Maranhão enfrentam dificuldades. Há um ano, elas deixaram de receber um repasse do Governo Federal que compensa as extrativistas quando o preço do coco no mercado é muito baixo.

O coco babaçu é a principal fonte de renda para 350 mil famílias extrativistas do Maranhão. Dele se aproveita a amêndoa que é usada para fabricação de produtos de higiene e limpeza.

A safra de babaçu emprega a maioria das mulheres do campo, nesta época, no norte do Maranhão, e quando tem colheita, elas passam os dias vasculhando as matas e catando os cocos.

O Maranhão deve produzir este ano 8 milhões de toneladas de coco, safra 30% menor que a do ano passado. O principal motivo da quebra é a estiagem dos últimos três anos.

Durvalina Nascimento conta que está conseguindo vender o quilo da amêndoa a R$ 2, R$ 0,80 a mais que no ano passado. Mesmo com o aumento, o valor pago pelo quilo do babaçu não atinge o preço mínimo estipulado pelo Governo Federal, que é de R$ 2,49.

Mais de 3 mil quebradeiras, mulheres que colhem o coco, estão cadastradas em um programa  que complementa a renda quanto o preço de mercado não alcança esse mínimo, mas no município de São José dos Basílios, no leste do estado, 156 quebradeiras estão há um ano sem receber o subsídio a que têm direito.

Francisca Pereira diz que já perdeu as contas de quantas vezes ligou para a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No babaçual, Maria do Socorro reclama que também está a espera do dinheiro.

Em nota, a Conab informa que os repasses estão atrasados porque o número de quebradeiras atendidas aumentou três vezes este ano. A previsão é de que as extrativistas de São José dos Basílios recebam o dinheiro em até 20 dias.

 

Por: Sidney Pereira

Fonte: Globo Rural

rsuser

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