Caso surge no momento em que Brasil negocia entrada nos Estados Unidos
O Ministério da Agricultura aguarda para a próxima quarta-feira (30/4) o posicionamento da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) sobre o caso atípico de mal da vaca louca detectado em um animal de Mato Grosso. O organismo internacional realiza exames laboratoriais em amostras enviadas pelo governo brasileiro para a base da OIE em Weybridge, na Inglaterra, onde verifica a incidência da chamada marcação priônica (deficiência na formação de proteína) que caracteriza a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) – nome técnico da doença, causada por falha em partículas de proteínas importantes para o desenvolvimento dos neurônios.
Segundo o Ministério, trata-se de um “caso atípico” uma vez que o animal não desenvolveu a doença nem morreu em função dela. A marcação se desenvolveu naturalmente por causa da idade avançada do animal, que foi abatido e incinerado. “As investigações de campo indicam tratar-se de uma única suspeita de caso atípico de EEB, já que o animal foi criado exclusivamente em sistema extensivo (a pasto e sal mineral) e foi abatido com cerca de 12 anos de idade”, disse em nota o ministério.
A suspeita de EEB ocorre no momento em que o governo brasileiro negocia uma autorização dos Estados Unidos para que 14 Estados exportem carne in natura para o mercado americano. A abertura é vista como um selo de qualidade à carne brasileira e como passaporte em busca de mercados com controles de importação rigorosos, como Rússia, Japão e China.
Por: Estadão Contéudo
Fonte: Globo Rural
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