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Goiás: efeitos da seca reúnem setor produtivo

O estio prolongado já provoca os primeiros prejuízos na safra goiana. Mês considerado de vastas chuvas, o veranico de janeiro pelo segundo ano consecutivo se apresenta como preocupante para os produtores. O período crítico ocorre numa fase vital que é a do enchimento dos grãos. Em algumas lavouras goianas, a perda já chega a 30% e a situação pode se agravar nos próximos dias.

A Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e a Associação de Produtores de Soja de Goiás (Aprosoja Goiás) realizaram uma reunião para discutir as perspectivas da safra 2015/16. A reunião discutiu os efeitos em nível de mercado e a cobertura do seguro rural. 

Entre os participantes estavam: o presidente da Federação, José Mário Schreiner; o presidente da Aprosoja Goiás e vice-presidente institucional da Faeg, Bartolomeu Braz, e o assessor técnico do Senar Goiás para a área de cereais, fibras e oleaginosas, Cristiano Palavro.

Além deles, confirmaram presença os representantes do Banco do Brasil; Companhia Nacional de Abastecimento (Conab); Superintendência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa).

Temor de pragas

A exemplo de diversas regiões do Mato Grosso, que estão com as lavouras de soja infestadas por mosca branca, os produtores das regiões Sul e Sudoeste de Goiás, temem por situação semelhante. O clima mais seco proporciona o aumento populacional e a redução do ciclo biológico da praga, elevando o número de geração da mosca branca, conforme avaliam pesquisadores da Emater-Goiás.

Após detectada a infestação, é importante que o produtor controle a mosca branca principalmente para evitar a migração para outras áreas. A entomologista recomenda aplicações químicas. “O controle deve ser feito com produtos específicos ou então com neonicotinoides, sendo o acetamipride o princípio ativo que apresenta melhores resultados.”

Os técnicos ressaltam, porém, que o controle deve ser regional. “Não adianta nada se somente um produtor tomar as medidas necessárias para o controle, se os demais nas imediações da área também não o fizerem. Isso porque esse controle será limitado já que a praga migra muito entre as áreas.” Também, é preciso erradicar as plantas tigueras de algodão e destruir as soqueiras de algodão, que mantém a população de mosca branca durante a entressafra.

 

Por: Wandell Seixas

Fonte: Diário da Manhã

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