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Gir: excelência na produção de leite

Seja Puro de Origem ou mestiço, o gado que carrega a genética Gir em seu sangue leva consigo uma série de vantagens para a produção de leite, predominando entre as raças bovinas utilizadas na pecuária leiteira

Há algumas décadas, o processo de importações de bovinos da Índia introduziu no território brasileiro uma das raças zebuínas mais antigas do planeta e que mais se destacam na pecuária nacional nos dias atuais. Trata-se do Gir. Com um padrão racial marcado pelos chifres voltados para fora, para baixo e para trás, e pelo crânio ultra-convexo, o gado Gir é sinônimo de beleza, musculatura forte, rusticidade, resistência, docilidade, eficiência nos cruzamentos e dupla aptidão.

Segundo informações da Associação Brasileira dos Criadores de Gir (ASSOGIR), a aptidão leiteira é, atualmente, a mais forte das qualidades da raça. Devido ao acelerado melhoramento na produtividade leiteira, rapidamente, o sangue Gir chegou a 82,4% das propriedades brasileiras que, de alguma forma, exploravam o leite.

Para o setor lácteo, o Gir apresenta uma série de qualidades próprias que favorecem a produção. Com a introdução de novas linhagens e a notável evolução ao longo dos anos em termos de genética, consolidou-se a supremacia do gado Puro de Origem (PO) ou mestiço na cadeia produtiva de leite.

Como raça pura, o Gir Leiteiro apresenta grandes qualidades genéticas, como excelente produção de leite, adaptação às adversidades climáticas, alta resistência a endo e ectoparasitas, o que significa uso reduzido de produtos químicos para controle de bernes, carrapatos e vermes, representando economia para o produtor e benefícios para o meio ambiente. Já como mestiço, o cruzamento mais importante objetivando a produção leiteira é com animais da raça Holandesa. Esse cruzamento deu origem a uma raça sintética, a Girolando, considerado um animal de excelente produtividade, alta fertilidade e bom vigor, com capacidade de manter um bom nível de produção nas mais variadas circunstâncias.

Tendo em vista que a pecuária leiteira de países tropicais necessita de opções que permitam uma exploração mais eficiente dentro de suas realidades econômica e ambiental, o gado Gir, em ambos os casos, oferece diversas vantagens ao produtor de leite no Brasil, fomentando o setor em âmbito internacional.

Particularidades

O Gir Leiteiro é reconhecido como a raça zebuína de maior produtividade leiteira em clima tropical, apresentando grande capacidade de converter pastagens em leite, o que torna o custo de produção da atividade mais baixo do que os animais confinados. A produção média do rebanho nacional tem evoluído a cada ano, revelando recordes extraordinários de produção.

De acordo com o zootecnista e Coordenador Operacional do Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro – PNMGL, André Rabelo Fernandes, a produção média da raça é de 3.600 kg em 305 dias, o que corresponde a três vezes a média nacional que, atualmente, é de 1.237 kg. Esses bovinos também se destacam pela grande produção de sólidos no leite, com valores médios de 4,2% de Gordura e 3,1% de proteína e baixa contagem de Células Somáticas (CCS).

 

Fonte: Revista Produz

 

 

 

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